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terça-feira, 25 de novembro de 2008

MUTISMO SELETIVO!!

Crianças muito quietas, que na escola falam pouco com os colegas e têm dificuldade para responder às perguntas do professor, costumam ser classificadas de tímidas. Estudos na área da psicologia infantil mostram, no entanto, que crianças com esse perfil podem sofrer de um distúrbio de fundo emocional: o mutismo seletivo.
Em geral, a criança acometida desse transtorno comporta-se de maneira contraditória. Em casa, conversa normalmente com os pais e brinca com os irmãos, mas, quando um adulto de fora do círculo familiar incluindo professores ou uma criança que não conhece lhe dirige a palavra, ela permanece muda, demonstrando ansiedade, nervosismo ou, em certas ocasiões, pânico. Na escola, às vezes não consegue sequer pedir para ir ao banheiro e em alguns casos se comunica apenas por gestos.
Até há pouco tempo, pensava-se que esse distúrbio atingia uma em cada mil crianças. Recentemente, um estudo desenvolvido pela American Academy of Child and Adolescent Psychiatry mostrou que essa proporção é de sete para cada mil, o que torna o mutismo seletivo duas vezes mais freqüente do que o autismo.
"Nem sempre é fácil chegar ao diagnóstico de mutismo seletivo", diz Rinaldo Voltolini, professor de psicologia da educação da Universidade de São Paulo. "Ao contrário da criança hiperativa, cujo comportamento agitado chama a atenção de todo mundo, a criança com mutismo seletivo não perturba ninguém e passa por quietinha", completa.
Segundo psiquiatras e psicólogos, o mutismo seletivo surge da conjunção de vários fatores. Quase sempre ele é deflagrado por uma experiência negativa pela qual a criança passou uma violência física ou verbal, ou uma grande decepção. A genética também conta: estatísticas mostram que 70% das crianças afetadas pelo transtorno têm um parente próximo com histórico de perturbações psicológicas.


Fonte: Andi, Portal Aprendiz

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quinta-feira, 20 de novembro de 2008

A prevenção das alterações vocais em crianças

São muitos os casos de problemas vocais infantis. Em geral, eles acontecem na faixa escolar, já na educação infantil. A maioria não recebe tratamento fonoaudiológico e poucos vão ao exame médico otorrinolaringológico, acarretando, assim, uma discrepância entre incidência e tratamento.

Como os problemas de voz em crianças, em geral, não afetam o desempenho acadêmico, eles podem passar despercebidos pelos professores, que estão ali voltados para as questões eminentemente de aprendizagem, não considerando caso especial para tratamento.

Como podemos tentar sanar os problemas que já existem?
Nós, profissionais da saúde e da educação, temos grande responsabilidade nessas questões. Programas educacionais que visem à orientação e triagem com indicação adequada podem diminuir consideravelmente o número de crianças que apresentam rouquidão ou outros sintomas de natureza vocal.

Se esses problemas forem detectados em seus estágios iniciais, há a possibilidade do tratamento ser mais rápido.
Solicitar aos professores que observem a conduta vocal de seus alunos deveria fazer parte do ensino didático em sala de aula.

a prevenção?
A prevenção também deve ser eficaz, com programas educacionais.
A conduta vocal do professor pode, em alguns casos, interferir na conduta vocal dos alunos.

O volume da voz, o ritmo e a velocidade são fatores importantes que os professores devem considerar ao dar aula. Ao mesmo tempo em que estão cuidando dos alunos, estão zelando pelo que lhes é mais precioso, o seu principal instrumento de trabalho, a voz.

Que orientações devem constar nos programas educacionais?

Algumas dicas para esclarecer essa questão:


  • Informações sobre o mecanismo vocal: localizar a região da boca, do pescoço, do peito, da barriga, mostrando como a respiração é importante na hora de falarmos;
  • Observação da conduta vocal: gritos, por exemplo; dificuldade para se expressar, neste caso, as crianças costumam compensar com conduta vocal inadequada quando o adulto não lhe dá atenção devida;
  • Princípios básicos de higiene vocal: treinar falar um pouquinho mais baixo do que se costuma, prestando atenção na voz que está saindo da "garganta";
  • Mostrar às crianças que devemos estar atentos quanto à distância entre o falante e o ouvinte: se estou perto de você não é preciso falar alto porque dá para eu escutar o que você está me falando. Esse é uma boa atividade lúdica para se fazer em forma de dinâmica dentro da sala de aula.

É importante também o professor usar a criatividade, que é um dos quesitos básicos para a melhoria da comunicação.

Fonte: Cal Coimbra - 2004

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sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Síndrome de Lambert-Eaton




Definição:
Condição caracterizada por fraqueza muscular que melhora com a estimulação repetitiva do músculo.




Causas, incidência e fatores de risco:
A síndrome de Lambert-Eaton (síndrome miastênica) é um distúrbio com sintomas muito similares aos da miastenia grave. Na miastenia grave há uma fraqueza muscular relacionada ao bloqueio da comunicação entre os nervos e os músculos. Ao contrário do que acontece na miastenia grave, na qual o neurotransmissor (substância químicas que transmitem os impulsos) está bloqueado por causa de anticorpos, a síndrome de Lambert-Eaton é causada por uma liberação deficiente de neurotransmissores pela célula nervosa. À medida em que se estimula a contração muscular, pode-se armazenar quantidades suficientes de neurotransmissores, resultando em aumento de força.
A causa é desconhecida. Geralmente o distúrbio está associado ao carcinoma de pequenas células ou aos distúrbios auto-imunes. A síndrome de Lambert-Eaton é rara e afeta principalmente homens acima de 40 anos (ao contrário da miastenia grave, que afeta sobretudo as mulheres).






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terça-feira, 4 de novembro de 2008

PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL

O que é Processamento Auditivo?
Processamento Auditivo (PA)é o conjunto de processos e mecanismos que ocorrem dentro do sistema auditivo em resposta a um estímulo acústico e que são responsáveis pelos seguintes fenômenos: localização e lateralização do som, discriminação e reconhecimento de padrões auditivos, aspectos temporais da audição, incluindo resolução, mascaramento, integração e ordenação, performance auditiva com sinais acústicos competitivos e com degradação do sinal acústico (ASHA, 1995).

Características dos indivíduos com Transtorno do PA
dificuldade em compreender a fala na presença de ruídos e/ou em grupos;
tempo de atenção curto;
ansiedade e estresse quando escuta;
facilmente distraído;
dificuldade em seguir direção;
dificuldade para lembrar informações auditivas;
pior habilidade de fala, linguagem escrita e/ou leitura;
comportamento impulsivo;
dificuldade de organização e seqüencialização de estímulos verbais e não-verbais;
utilização de pistas visuais para compreender a mensagem falada;
tempo de latência aumentado para emissão de respostas;
respostas inconsistentes aos estímulos auditivos recebidos.
Um transtorno no processamento auditivo só pode ser detectado por meio de testes específicos que avaliem a função auditiva central.
A queixa mais característica do transtorno do processamento auditivo, entretanto, é a dificuldade para ouvir em ambientes acústicos desfavoráveis (ruidosos, com vários interlocutores ou com distorção da mensagem falada), na presença de avaliação audiológica básica dentro da normalidade.
Bateria de Testes Comportamentais que Avaliam o PA
Monaurais de baixa redundância: avaliam a habilidade do ouvinte de realizar o fechamento auditivo, a figura-fundo e a discriminação quando uma parte do sinal auditivo está distorcida ou ausente (redundância extrínsica reduzida, isto é, a redundância do sinal de fala está diminuída em virtude da modificação das características do sinal de fala).. Exemplos: Teste de Fala no Ruído, PSI -Teste Pediátrico de Inteligibilidade de Fala com Mensagem Competitiva Ipsilateral, SSI – Teste de Identificação de Sentenças Sintéticas, Teste de Fala Filtrada.
Dicóticos: envolvem a apresentação de estímulos diferentes simultaneamente às duas orelhas. Avaliam a integração e a separação binaural, ou seja, a habilidade do ouvinte para repetir tudo o que ouviu ou para dirigir a atenção para uma só orelha. Exemplos: SSW – Teste de Dissílabos Alternados; Dígitos Dicóticos; CES - Sons Ambientais Competitivos.
Processamento Temporal: avaliam as habilidades auditivas de ordenação, discriminação, resolução e integração temporal.. Exemplos: PPST – Teste de Reconhecimento do Padrão de Freqüência; DPST – Teste de Reconhecimento do Padrão de Duração; RGDT – Teste de Detecção de Intervalo Aleatório.
Interação Binaural: avaliam a habilidade do sistema nervoso auditivo central para processar informação díspar, mas complementar, apresentada às duas orelhas. Diferente dos testes de escuta dicótica, as informações apresentadas à cada orelha constituem juntas a mensagem completa, necessitando a integração das duas para que o todo seja percebido.. Exemplos: MLD – Limiar Diferencial de Mascaramento; Teste de Fusão Binaural.
Finalidades da avaliação do PA
determinar ou não a presença de habilidades auditivas deficientes;
descrever os parâmetros e extensões destas alterações;
fornecer informações sobre o local da disfunção no sistema nervoso auditivo central, no indivíduo adulto;
ressaltar as habilidades preferenciais para a aprendizagem;
estabelecer diretrizes e critérios que possam auxiliar na elaboração de um programa de reabilitação.

Quem se beneficia da avaliação comportamental do PA
indivíduos com idade superior a 7 anos (Beck, 2002), sendo que os testes poderiam ser aplicados com cautela na interpretação em crianças com 5 ou 6 anos;
indivíduos com audição periférica suficiente, isto é, média tonal até 40dB NA com simetria de limiares entre orelhas e I.P.R.F. de no mínimo 70% e a diferença do índice entre as orelhas não exceda 20% (KATZ, 1994);
indivíduos com nível de atenção que permita a realização dos testes;
indivíduos com função cognitiva que permita a realização dos testes;
indivíduos com habilidades de linguagem receptiva e emissiva (desenvolvimento suficiente para compreender as tarefas verbais solicitadas e produção de fala inteligível);
indivíduos com integridade da orelha média.

Fonte:Fátima Branco-Barreiro
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