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quinta-feira, 3 de maio de 2012

Fonoaudiologia, contação de histórias e educação


A contação de histórias, antigo costume popular pertencente à tradição oral, vem sendo resgatada pela educação como caminho para o desenvolvimento da linguagem oral e escrita. A Fonoaudiologia, enquanto área preocupada em promover o aprimoramento da comunicação, tem atuado junto aos profissionais que utilizam a voz falada como instrumento de trabalho, entre eles, os educadores. O presente trabalho teve como objetivo avaliar e aprimorar a experiência de trabalho fonoaudiológico oferecido aos educadores-contadores de histórias.
A pesquisa constou das etapas:
1. constituição de referencial teórico no tema central contação de histórias, educação e fonoaudiologia; 2. avaliação da efetividade de duas experiências de aplicação de intervenção fonoaudiológica junto a contadores de histórias; 3. reestruturação da proposta de intervenção focando-a para a formação de educadorescontadores; 4. implantação da proposta reformulada; 5. considerações sobre a definição da atuação fonoaudiológica junto aos educadores-contadores. Os resultados obtidos demonstraram a importância das informações sobre saúde vocal e a utilização de recursos vocais na contação. Os aspectos da formação apontados pelos educadores como os de maior contribuição na educação foram: conhecimento dos cuidados com saúde vocal, integração corpo-palavra-olhar e trabalho com modulação.
Os educadores descobriram-se enquanto contadores narradores orais, desvinculando-se do apoio do livro e, assim, propiciando aos educandos interação mais direta e significativa. A partir da avaliação realizada, pode-se concluir que a Fonoaudiologia tem contribuições efetivas a dar aos educadores-contadores, devendo incluir em suas ações junto à Educação intervenção direcionada para a prática da contação de histórias. 

Isto é o que foi apresentado no artigo do “Fonoaudiologia, contação de histórias e educação: um novo campo de atuação profissional”, publicado na revista Distúrbios da Comunicação, de São Paulo, em 2006. O artigo foi redigido por Lúcia Elena F. Neto (Mestre em Fonoaudiologia pela PUC-SP); Klívia Nayá B. da Silva (Fonoaudióloga graduada no curso de Fonoaudiologia da Faculdade Integrada do Recife) e Isabella F. de Arruda (Fonoaudióloga graduada no curso de Fonoaudiologia da Faculdade Integrada do Recife). Para acessar todo o artigo, basta acessa o link:www.pucsp.br/revistadisturbios/artigos/Artigo_483.pdf

Fonte: Distúrbios da Comunicação, São Paulo, 18(2): 209-222, agosto, 2006

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