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quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

FELIZ ANO NOVO!!

Quatro velas estavam queimando ruidosamente, calmamente.O ambiente estava tão silencioso que podia-se ouvir o diálogo que travavam.
A primeira vela disse:
- Eu sou a Paz ! Apesar de minha luz as pessoas não conseguem manter-me, acho que vou apagar. E diminuindo devagarzinho, apagou totalmente.
A segunda vela disse:
- Eu me chamo Fé! Infelizmente sou muito supérflua. As pessoas não querem saber de mim. Não faz sentido continuar queimando. Ao terminar sua fala, um vento levemente bateu sobre ela, e esta se apagou.
Baixinho e triste a terceira vela se manifestou:
- Eu sou o
Amor! Não tenho mais forças para queimar. As pessoas me deixam de lado, só conseguem se enxergar, esquecem-se até daqueles à sua volta que lhes amam. E sem esperar apagou-se.
De repente... entrou uma criança e viu as três velas apagadas.

- Que é isto? Vocês deviam queimar e ficar acesas até o fim.
Dizendo isso começou a chorar.
Então a quarta vela falou:
- Não tenha medo criança. Enquanto eu queimar, podemos acender as outras velas. Eu sou a Esperança.
A criança com os olhos brilhantes, pegou a vela que restava e acendeu todas as outras...
ESPERO QUE A VELA DA ESPERANÇA NUNCA SE APAGUE DENTRO DE VOCÊ.

QUE A FONOAUDIOLOGIA EM 2009 NOS PROPORCIONE DIAS MELHORES PARA QUE POSSAMOS CONSTRUIR UM CAMINHO MAIS FÁCIL DE SER TRILHADO!! O CAMINHO DA VITÓRIA-FELIZ ANO NOVO PARA TODOS...

ESTE MUNDO É SEU!!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

MENSAGEM DE UM FONOAUDIÓLOGO



Olá sou Marcos Abreu, autor deste blog!! Primeiramente quero agradecer-lhes de todo coração por cada visita a esta página, por cada leitura e cada apreciação... Este blog veio em razão do amor que tenho e exerço sobre a fonoaudiologia e ela tem sido favorável a mim e a todos aqueles que a tratam com o devido respeito! Neste fim de ano - O MUNDO DA FONOAUDIOLOGIA já apresenta mais de 20 mil acessos em todo Brasil... Fico muito feliz quando recebo comentários, mensagem no mural de recados e emails... sinto um prazer inenarrável de estar contribuindo, por mais simples que seja, à ascenção da Fonoaudiologia! Sempre digo que a Fonoaudiologia não é a ciência do futuro como muitos falam.. a Fonoaudiologia é do presente... a cada semente que plantamos agora colheremos agora e deixaremos resíduos fortes para o amanhã. Temos que ter a consciência que o GRANDE MOMENTO é este!! Não dependemos de aval médico e ou outro especialista para que possamos fluir em prol da ciência moderna que é a FONOAUDIOLOGIA!!!
Desejo a todos o FELIZ NATAL e que tudo dê certo em nossas vidas, tanto pessoal quanto profissional... O ano que está próximo é o de segurarmos com todas as forças a Fonoaudiologia e divulgá-la não em revistas, blogs, folhetos, tv, rádios... mas de divulgarmos atendendo bem os nossos clientes! Então um PRÓSPERO ANO NOVO E VIVA A FONOAUDIOLOGIA!!

RUMO A VITÓRIA... 2009

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Fonoaudiologia Estética - Estética Facial

A busca pela beleza e pela juventude tem sido uma constante em todas as culturas da história humana. Manter uma boa aparência e não envelhecer são conceitos cultuados desde as mais remotas civilizações e hoje em dia estão cada vez mais valorizados.
Todo indivíduo procura ter uma aparência que agrade a si próprio e aos que estão ao seu redor. Cuidar-se externamente é uma forma de se sentir bem (ou melhor) em sua vida. Sob esse aspecto, acrescenta-se que um toque de vaidade é necessário para que o indivíduo cuide de si próprio, de seu corpo, de sua alma e de sua saúde.
Por ser a face altamente valorizada como o seguimento corpóreo mais representativo da pessoa e como centro das atenções para uma busca estética, a sua alteração, com o envelhecimento natural, traz inúmeras preocupações. O aparecimento das rugas de expressão facial assusta, incomoda, chegando muitas vezes a ser motivo de angústia. Assim, além de tais fatores, nos últimos anos, a preocupação com o envelhecimento facial tem se tornado crescente em face da maior longevidade do indivíduo e dos avanços da medicina.
O aparecimento das rugas pode estar relacionado às alterações miofuncionais e posturais, uma vez que as funções mais importantes dos músculos da expressão facial relacionam-se com a alimentação, mastigação, fonação e movimentos oculares. Suas contrações produzem na face variações na forma de pregas e sulcos da pele que alteram a fisionomia e exteriorizam os sentimentos. É possível, entretanto, dosar uso e contração, diminuindo exageros e buscando um funcionamento mais natural e um equilíbrio que não sobrecarregue desnecessariamente a musculatura da expressão facial.
Assim, a Fonoaudiologia direcionou sua atuação clínica em Motricidade Orofacial, especialidade responsável por aspectos musculares e funcionais do complexo orofacial, ao trabalho e manutenção da musculatura da face, a fim de proporcionar ao indivíduo uma aparência jovem, saudável, esteticamente mais harmoniosa, com expressões suaves, amenizando os efeitos do envelhecimento observados e, conseqüentemente, proporcionando melhor funcionamento a todo o complexo orofacial.
Na atuação em estética facial existem alguns objetivos específicos, como alongar, relaxar e fortalecer a musculatura; buscar modificações de postura; eliminação de movimentos compensatórios e/ou desnecessários, que acarretam alívio, suavidade e novo equilíbrio na mastigação, deglutição, sucção e expressividade comunicativa, evitando-se papadas, pálpebras e bochechas caídas, melhorando a oxigenação das fibras musculares, além de proporcionar uma sensação de bem estar. Os movimentos destinados ao ganho de tonicidade muscular fazem com que os músculos aumentem de volume e, como conseqüência, a pele se estica. As rugas ou marcas de expressão ficam menos evidentes e o rosto ganha um contorno mais definido.
Os tratamentos são personalizados, porque cada indivíduo tem uma disfunção específica e há um programa para cada faixa etária. Além das sessões de ginástica facial é preciso que se desenvolva uma reeducação e execute exercícios fora dos momentos de terapia. A partir dos 25 anos o tratamento já é indicado com a finalidade de manter o fortalecimento muscular, prevenindo rugas e flacidez.
Em relação à equipe interdisciplinar em estética facial, junto com o Fonoaudiólogo especialista em Motricidade Orofacial, estão os profissionais das áreas de Dermatologia, Cirurgia Plástica, Fisioterapia, Odontologia, Nutrição, Psicologia, de forma integrada, tendo uma visão do paciente em sua totalidade e realizando um bom diagnóstico.
A ginástica facial tem surgido como uma nova alternativa para a saúde e a estética de homens e mulheres, como um caminho para uma qualidade de vida melhor e manutenção da jovialidade por muito mais tempo.
Fonte: Thais Gonçalves Martins de Paula – FonoaudiólogaEspecialista em Motricidade Orofacial/ Fonoaudiologia Hospitalar


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ESTUDO SINCRÔNICO DA FONOAUDIOLOGIA

A Fonoaudiologia de hoje, sem renegar sua tradição, sua história, sua filosofia do passado é uma ciência estudada de forma sistemática nas universidades de 32 países do mundo. Seu fato - a linguagem patológica é pesquisado, cientificamente. A Fonoaudiologia não é mais simples técnica intuitiva e arte, ao contrário da idéia do seu fundador clássico - Demóstenes - que colocava seixos na boca para melhor articular sua gagueira; ou diante do mar bravio discursava inibindo, sem saber, o próprio feed-back auditivo e o pressentido medo de vozes da multidão; ou postava-se diante de uma espada que lhe roçava o peito, a fim de auto-regular suas sincinesias posturais e corporais; ou aprendia com Sátiro, a intencionalidade do humor sútil, a crítica dirigida inteligentemente, o poder da palavra que influenciava o povo de Atenas, que o confirmava Homem pensante, racional e "loquens".
Os Fonoaudiólogos estudam no nosso século XX, o processo de comunicação patológica no homem, a linguagem humana e seus comportamentos. Há outros profissionais, foniatras, que estudam a fonação, Laringe, as cordas vocais e suas afecções. Temos que explicar bem seus campos científicos para que não se pense que a terapêuta e um médico fazem a mesma coisa; ou que jamais possam conviver, pois num futuro próximo poderia haver uma inter-secção fatal de suas profissões, ou que haja hoje, superimposição de funções.
Numa projeção probalística, a Foniatria irá se dirigir a microcirurgia e ao estudo oncológico da laringe, pela freqüência atual e desconcertante do câncer da laringe; ao implante e rejeição de órgãos, possivelmente. A Fonoaudiologia irá se dirigir ao estudo do pensamento verbal; à teoria que correlacionará percepção - produção do discurso linguístico; à Audiologia e provas fonoaudiológicas de disfunções centrais. Algumas dessas projeções já se delineiam e podemos conjecturar como irão se distanciar no seu futuro. Mas, no estudo sincronico, talvez seja melhor começar por definir essas profissões, hoje, antes de mais nada.
A Foniatria é definida pelo Novo Dicionário Aurélio como: "(de fono + iatria): parte da medicina que trata das perturbações de fonação resultantes de anomalia fisiológica do aparelho fonador ou de posição errônea dele. Tratamento dos defeitos da fala".
A Fonoaudiologia é definida no dicionário "Terminology of Communication Disorders" editado em 1980 pela Williams and Wilkins Company-Baltimore como: "Speech Science: study, analysis and measurement of all components of the processes involved in the production and reception of Speech. Synonime: Speach and Hearing Science".
A Foniatria é uma especialidade da medicina bastante antiga, pois por muitos séculos se pensou que a voz humana e a articulação decorrente das modificações do trato vocal fossem produzidas pelo próprio aparelho fonador e a laringe. Só muito mais tarde, a medicina soube que o cérebro possue as chamadas zonas da linguagem, Brocá e Wernicke, responsáveis por funções simbólicas mais altas, que comandavam processos mais periféricos, da emissão vocal e de sons articulados com significação: a linguagem. Essa faculdade, exclusiva do ser humano, o fez adaptar estruturas de laringe e comportamentos fono-respiratórios ao longo de sua evolução filogenética para simbolizar pelos signos de um código o seu pensamento. Hoje, o osso hióide e a cartilagem tireóide são de interesse da Antropologia inclusive, por causa disto.
Nos Estados Unidos, Canadá e em muitos outros países desenvolvidos, o foniatra acabou fundindo-se na Otorrino laringologia, uma especialidade médica que diagnostica e trata das afecções do ouvido, nariz e laringe. No entanto, na Europa, sobretudo na França, por causa da influência do foniatra Husson (já falecido) e sua teoria, a especialidade continua a existir. A teoria neorocronáxica de Husson, defendeu a posição de vibração ativa das cordas vocais na laringe, pela ação do nervo recorrente - um ramo do X par craniano, o nervo Vago. Apesar dos esforços de Froeschels, Isshiki, Von Leden, Rubin, Van der Berg, Wustrow, Weiss, a nova teoria não conseguiu ser aceita e comprovada. Hoje, pela moderna tecnologia - como a cinefluoroscopia podemos literalmente "ver", sem tocar, uma corda vocal em movimento.
Na Argentina o foniatra (já falecido) Dr. Julio Queiroz foi um incentivador da implantação da Fonoaudiologia. No Brasil há poucos foniatras, mas que fizeram sua especialização no exterior, como Dr. Bloch, Dr. Spinelli, Dr. Tabith.
A Fonoaudiologia é uma ciência da comunicação que não entra em choque ou se superimpõe à Foniatria. Estuda o comportamento do processo expressivo e receptivo do discurso lingüístico, por suas ciências fonéticas e lingüísticas correlacionadas com a Fisiologia, como foi claramente explanado na Avaliação e Terapia da Fonoaudiologia. Absolutamente não intervém nas afecções do aparelho fonador, quer seja para diagnosticá-las, para tratá-las por intervenção tópico, química - medicamentosa ou cirúrgica. A Fonoaudiologia estuda o comportamento lingüístico, sempre. Se a fonação e a fala venham a ser considerados como comportamentos de interesse do foniatra, é preciso ressaltar, que não são dirigidas pela laringe (que ele conhece bem). São comandadas pelas estruturas do cérebro lingüistico, pelas funções intelectivas e da psiquê do indivíduo que se comunica com outro indivíduo, que percebe, entende, e responde, estabelecendo uma relação social dialógica, através da mensagem do código (que conhece menos). A Fonoaudiologia a ser implantada no Brasil, não vai ocupar espaços de outro profissional, como o do foniatra. A profissão de fonoaudiólogo, já é reconhecida oficialmente em 27 (vinte e sete) países do mundo em boa harmonia e troca científica no seu trabalho. Não haveria porque se pensar que o fonoaudiólogo brasileiro iria exorbitar suas funções e fugindo à sua formação, agir por microcirurgia, receitar medicações ou dar diagnóstico médico. No sentido de evitar abusos e justamente, para haver sempre credibilidade profissional, as associações de fonoaudiólogos elaboraram um código de ética e pretendem constituir um conselho federal atuante, a fim de elevar a profissão e manter seu bom conceito diante da comunidade. Esse conselho deverá ser eleito democraticamente, pelos fonoaudiólogos para que nunca, se divorcie desses e os represente, de fato.
Na maioria dos países da Europa, América do Norte, África, Ásia, Área do Pacífico e América Latina a profissão é reconhecida geralmente pelo Ministério da Saúde ou da Educação ou ambos, ou ainda, pelos Governos Estaduais ou Federais, dependendo da legislação de cada país.
De 32 países dos quais tem-se vasta informação apenas cinco não tem a profissão reconhecida, dentre os quais, o Brasil, embora em todos os cinco a profissão seja exercida.
O primeiro país a reconhecer a profissão foi a Hungria em 1900. antes de 1940, cinco países reconheceram a profissão sendo eles: Áustria, Nova Zelândia, Alemanha, Noruega e Iugoslávia. Ao redor dos anos 60, mais onze países reconheceram esta profissão. Esperamos que na década de 80 a profissão seja reconhecida no Brasil.
A história da Fonoaudiologia no Brasil, de início, não se diferencia da Educação Especial. Já se pensava em reabilitação no Brasil na época do Império.
Em 1854 foi fundado o Imperial Colégio para meninos cegos - hoje, Instituto Benjamim Constant. Em 1855 foi fundado o Colégio Nacional, destinado ao ensino dos surdos. Passou o dito Colégio, sucessivamente, pelos seguintes nomes: Imperial Instituto de Surdos-Mudos (1857), Instituto Nacional de Surdos Mudos (1949), para em 1957 ser definitivamente reconhecido pelo nome de Instituto Nacional de Educação de Surdos, mais conhecido como I.N.E.S. Neste Instituto, em 1950, Ana Rimoli de Faria Doria marcou sua presença.
Paralelamente a educação dos surdos encontraremos em 1912 o Dr. Augusto Linhares, o grande precursor da Fonoaudiologia no Brasil, que já a diferencia da educação especial dando início as pesquisas e reabilitação dos distúrbios da voz e da fala, bem como cursos de orientação a professores. Também, promoveu conferências sobre o "Tratamento da Voz" e "Gagueira" as quais podem ser encontradas nos Anais da Academia Nacional de Medicina.
Em 1935/38, Souza Mendes e Julio Vieira, ambos otorrinolaringologistas com formação no exterior, se interessaram pelos problemas da voz,exclusivamente.
Em meados de 1920, Dr. José Guilherme Witel escreveu "A Voz e os Cantores" publicado na Revista de Otorrinolaringologia, estudando os registros vocais.
Em 1928, no Instituto de Pesquisa Nacional foi fundado o Setor de Ortofonia, sob a direção de Cinira Menezes que estudou a linguagem como comportamento.
Voltando da Europa em meados de 1935, o Prof. Sylvio Bueno Teixeira, fundou a Escola de Canto e Ortofonia em Campinas. Mais tarde, em 1970 é editado "A Voz e a Fala do Surdo Congênito", seguido das obras "Problemas da Voz e da Fala". "Considerações sobre a Voz, a Fala" etc.
Em janeiro de 1948 é lançada a terceira edição da obra "Manual de Califasia" do Dr. Silveira Bueno que tratava principalmente de problemas de dicção e articulação e era adotado em várias escolas do ensino secundário.
A partir da década de 1940 vários trabalhos surgiram em diversas partes do país, principalmente, em São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, enfatizando-se a necessidade de criação e aprimoramento no campo da reabilitação dos Distúrbios da Fala, Voz, Audição e Linguagem.
Na década de 1950 surgem os primeiros movimentos para a habilitação sistemática em Terapia da Palavra. Por um lado teremos o Primeiro Centro de Pesquisas Educacionais com a colaboração do Dr. Ombredane, (estudo das afasias) e mais tarde, Ophelia Boisson Cardoso, a qual, também, iniciou o trabalho no campo da linguagem no Instituto Pestalozzi. Pelo outro lado, entre os profissionais de teatro vamos ter a participação de Lilia Nunes e Esther Leão, precursoras na reabilitação dos problemas da voz e também dos cursos de Impostação da Voz. Em 1956 foi fundado na AFAE o setor de terapia da Palavra. A seguir o Dr. José Julio Ferreira de Souza (ORL) iniciou o curso de Logopedia no Hospital São Francisco de Assis no Rio de Janeiro e a professora Lucia Teixeira Bentes (já falecida) iniciou o curso para formação de Logopedistas na Sociedade Pestalozzi do Brasil.
Na década de 1960 encontramos o Dr. Pedro Bloch, foniatra especializado no exterior, na ABBR, que a partir de 1980 dá residência à fonoaudiólogos. Em 1964 foi criado na SED (Secretaria Estadual de Educação e Cultura do ex-Estado da Guanabara), um curso de formação de Terapeuta da Palavra, sob a iniciativa da Prof. Abigail M.Caraciki, visando a necessidade de atender os problemas da Linguagem lida-escrita dos alunos da rede oficial de ensino primário. Ainda, no Hospital São Francisco de Assis encontramos a Prof. Edyr Pinheiro Alves responsável pela formação de Logopedistas. Estes foram os primeiros cursos de formação para Fonoaudiólogos no Rio de Janeiro, sendo que nesta ocasião eram todos cursos livres, sem o estudo sistemático da Fonética, da Lingüística, da Audiologia.
No Rio de Janeiro as contribuições dadas por Maria da Glória Beuttermuller, Vera Janacopolis, Ruth Pereira, Emília D' Aniballi, Regina Morizot Leite, Beatriz Saboya e muitos outros, marcaram o início do dinamismo e necessidade de maiores estudos e conquistas no campo.
Em 1976, o C.F.E. reconheceu a primeira Faculdade de Fonoaudiologia da Universidade de Santa Maria - RS. Atualmente, várias instituições de nível superior formam profissionais em Fonoaudiologia, sendo: no Rio de Janeiro - Universidade Católica de Petrópolis, Instituto Cultural Henry Dunant (FINES), Instituto Brasileiro de Medicina de Reabilitação, Sociedade de Ensino Superior do Rio de Janeiro; em São Paulo - Escola Paulista de Medicina, PUC de São Paulo, Universidade de São Paulo, Universidade Católica de Campinas; no Rio Grande do Sul - Universidade Federal de Santa Maria; no Paraná - Universidade Católica do Paraná; em Pernambuco -Universidade Católica de Pernambuco. Em outros estados, profissionais da área mobilizam-se na implantação de cursos de Fonoaudiologia em Universidade, visto a carência de serviços para suprir a demanda nesses estados.
Há no Brasil várias instituições que através de seus associados mobilizam à classe num constante incentivo em busca de valores inerentes à profissão, como a melhor formação. Entre estas organizações encontram-se: Associação Brasileira de Fonoaudiologia - ABF-SP (profissional, de utilidade pública); ABRAFA-SP (cultural); Associação dos Fonoaudiólogos do Rio de Janeiro - AFONERJ (profissional); Sociedade Brasileira de Logopedia - SBL-RJ (cultural); Associação Sul Brasileira de Fonoaudiologia - ASSULBRAF-RS (profissional); Associação Sul Rio Grandense de Fonoaudiólogos - RS (profissional); Associação de Fonoaudiologia do Paraná e Santa Catarina - AFOPRESC (profissional); Associação Pernambucana de Fonoaudiólogos - PE (profissional).
Há ainda, outras sociedades culturais, assim como núcleos profissionais de fonoaudiólogos em Brasília, Bahia, Minas Gerais, Piauí, Espírito Santo, Fortaleza estão com seus núcleos em formação. As associações profissionais, as associações culturais e núcleos de Fonoaudiólogos lutam pelo reconhecimento da profissão no Brasil, através de uma Comissão Nacional eleita pela classe, que escreve esse documento.
Vários eventos na área feitos anualmente: Em 1967, realizou-se o 1º Seminário Brasileiro de Terapia da Palavra no Rio de Janeiro. Em 1969, o 1º Congresso Brasileiro de Terapia da Palavra. Em 1971, a Universidade Sta. Maria fez realizar o 2º Congresso Brasileiro de Terapia da Palavra na ex-Guanabara e em 1974, o 3º Congresso Brasileiro de Terapia da Palavra em Curitiba. Todos os anos a UFMS, a PUC-SP, o Instituto Cultural Henry Dunnant (F.I.E.S.) - RJ realizam a Semana da Fonoaudiologia, no sentido de atualizar constantemente o fonoaudiólogo nos progressos da sua área, inclusive, convidando nomes internacionais. Em 1980 realizou-se em São Paulo o I Simpósio Internacional sobre Afasia, em junho; em agosto do mesmo ano, realizou-se no Rio de Janeiro na Universidade Sta. Úrsula, uma Maratona de Debates sobre a Gagueira, reunindo vários profissionais da área fonoaudiológica. Em setembro/80 realizou-se o Simpósio sobre o Fissurado, com a participação de vários profissionais fonoaudiólogos. Em 1981 já estão sendo programados congressos e simpósios.
Ultimamente, o interesse a editoração está sendo despertado por um grupo de profissionais que publicam os trabalhos. Os livros de Fonoaudiologia ainda são encontrados através das traduções já existentes ou de obras em espanhol, francês, inglês e alemão. No entanto, já começa a haver no Brasil obras editoradas por profissionais fonoaudiólogos.
O Jornal Brasileiro de Reabilitação é a publicação de informação científica que serve de veículo a todos os profissionais e entidades da Fonoaudiologia no Brasil. Foi fundado em setembro/1979, no Rio de Janeiro e tem distribuição em quase todos os estados brasileiros. "O Journal of Speech and Hearing Disorders" é a publicação americana que traz as mais novas pesquisas na "Speech Science".
A crescente necessidade de atendimentos aos deficientes da Linguagem Oral e Escrita, Fala, Voz e Audição fez com que surgissem muitas clínicas multidisciplinares e centros de atendimentos especializados, de profissionais autônomos. Contudo, inúmeros profissionais exercem as suas atividades em hospitais, escolas federais, estaduais, municipais, da Marinha, Aeronáutica, Exército, do INAMPS, muitos em desvio de função, esperando que se abram as perspectivas de trabalho vinculadas à regulamentação da profissão. É essa perspectiva de um emprego no mercado de trabalho depois que se formar que mantém as faculdades de Fonoaudiologia com um bom número de alunos. Este é um segundo ponto importante e preocupante.
A pesquisa no campo da Fonoaudiologia, ainda não é desenvolvida em larga escala por instituições particulares ou profissionais, visto ser dispendiosa e não haver apoio governamental no reconhecimento da profissão. Poucos fonoaudiólogos tem grau de mestre ou doutro. Se o tivessem pesquisariam certamente.
Uma vez que uma necessidade social se ergue acima da lenta burocracia é de esperança que a Fonoaudiologia venha a se implantar no Brasil, devido a compreensão dos poderes públicos do grande alcance social da profissão.
No final desse século, a Fonética, influenciada pela descoberta do sânscrito, pelos neo-gramáticos e pelos comparativos históricos, ascendeu ao status de Ciência. Rask, Werner, Grimm, Pott, contribuíram para as pesquisas das leis; Brucke Victor para a Fonética Articulatória Fisiológica; Fourier e Helmoltz para a Fonética Acústica. O abade Rousselot aperfeiçou o quimógrafo e contribuiu para a Fonética Experimental, em 1897, no College de France. Há duas correntes na Fonética. Por um lado, (Bopp), propõe valores nacionais da língua como importantes. Outra corrente vê a evolução das línguas por leis imutáveis.
Em 1876 Sievers publicou - Fundamentos da Fisiologia do Som - , na Alemanha, onde faz a descrição dos sons fonéticos baseados na audição. Seu trabalho foi seguido e sua metodologia adotada por: Passy na França, Henry Swset na Inglaterra, Otto Jesperson na Dinamarca e Gonçalves Viana em Portugal. Mas a Fonética Articulatória acabou sendo de maior interesse dos fonéticos, porque tem a maior possibilidade instrumental.
Se a Fonética crescia nesse final de século, a Lingüística teria que esperar o próximo século. Enquanto isso, pelo lado das Ciências Biológicas, (na Medicina), havia, em 1861: Brocá, que determinava o centro da fala articulada; Wernicke, que denominava o centro das imagens auditivas que Meinert estudava; Djerine, que encontrava o centro das imagens visuais; H.Jackson, que se referia à preservação da linguagem automática nos afásicos. Mas em 1828 havia também Dieffenbach no Instituto de França declarando que o gago tinha um desvio na postura da língua, na qual se devia fazer incisões e Defnond, que perfurava a língua em 3 posições, até que ambos causaram muitas mortes. O mesmo Dieffenbach, se não entendia comportamento como gagueira, propunha a separação de tecidos moles do palato duro antes do fechamento ósseo da fenda palatina. Infelizmente depois de operados os fissurados não articulavam. Faltava um elocucionista ou fonoaudiólogo para tratar dos comportamentos da fala. Trousseau foi o primeiro a usar o termo "afasia" na Medicina, apesar de que Empiricus já o empregasse, em 200 D.C.
Nos meados do século XIX, o fato de que a Medicina começasse a conhecer melhor a Fisiologia, não lhe dizia o que fazer com aqueles comportamentos lingüísticos, dos afásicos, gagos, fissurados etc. Assim, enquanto Djerine dissecava cérebros lesionados dos cadávares, Mme. Djerine se preocupava em compreender, explicar e reabilitar aqueles comportamentos afasóides que via nos pacientes de seu marido. Podemos dizer que é uma fonoaudióloga pioneira na França. Eis as diferenças de ação do médico e do fonoaudiólogo. O primeiro estuda as afecções, o segundo os comportamentos. Completam-se, sem superimposição de funções nos seus campos de trabalho independentes.
No apagar das luzes do século XIX na Inglaterra, o fonético Henry Sweet (retratado como o prof. Higgins em "Pigmalion" de Bernard Shaw, adaptado em "My Fair Lady" para o cinema por Lerner) buscou estudar a linguagem patológica pela Fonética. Seu livro "Hand-book of Phonetics" em 1877, explicou o que chamou de "Broad Romic", isto é: cada símbolo representava um grupo de sons. Foi ele o criador do Alfabeto Fonético Internacional. Todo o seu trabalho em Oxford foi baseado na Fonética e no "Visible Speech" desenvolvido por Charles e Neville Bell, avô e pai de Graham Bell, ambos professores de Elocução e Fonética em Edimburgo. Sweet foi o primeiro fonético a ter a noção abastrata de fonema. Pode ser considerado um fonoaudiólogo pioneiro, pois conseguiu fazer uma gestalt dos conhecimentos científicos para começar a explicar as patologias da linguagem.
Na área da Física Acústica no século XIX, Besold, Rinné, Schavabach mostravam a importância da Acústica aplicada ao diagnóstico diferencial da surdez. Meniére substituía Itard no trabalho com os surdos, em Paris.
No ano de 1891 o Instituto Nacional dos Surdos-Mudos da Argentina criou a cadeira de Ortofonia, preparando profissionais. No Brasil foram criados os Imperiais Institutos para Meninos Surdos e para os Cegos, hoje INES e Benjamim Constant, respectivamente. Mas antes disso, entre 1800 e 1815, na Europa de Napoleão, os surdos tiveram seus direitos políticos reconhecidos. Na Noruega em 1881 foi estabelecida uma lei obrigatória para a instrução do surdo. Em 1898, governos como o da Dinamarca, Suiça, Áustria, Alemanha, começaram a instituir os primeiros serviços especializados no campo da terapia da palavra.
No século XIX começaram a se intensificar os estudos da Física Acústica aplicada à audição humana. Os irmãos Weber e Carl Stumpf, estudavam por investigações psicológicas a sensibilidade humana ao som. O termo "Acústica" foi usado pela 1ª vez no século XVIII por Joseph Sauveur, um surdo, mas o padre Kircher teria feito um tratado sobre essa, em 1673, "Phonurgia Nova". No entanto, um século antes, se não fosse o trabalho do grande físico Isaac Newton (1642-1727), sobre propagação e velocidade de ondas, os esforços de Politzer, Lucae, Barany, Hartman, Hughes não teriam chegado, no final do século XIX, às possibilidades instrumentais da audiometria. Hoje, se um fonoaudiólogo phD como Willford cria uma bateria de testes audiométricos para o disléxico é sempre, graças a Newton.
Em 1854, o cantor Manuel Garcia inventou o laringoscópio. Nesse aparelho olhava suas próprias cordas vocais para ver se estavam inflamadas. Começou a ensinar seus colegas, professores de canto e seus alunos a olharem também. Mais tarde, médicos como Cjermak e Tuerk, quiseram torná-lo um aparelho exclusivo da Medicina. De certa forma a descoberta do aparelho é um marco na Otorrinolaringologia que se estabeleceu como especialidade médica a 130 anos atrás e se formou pela reunião da Otologia e Laringologia. Inicialmente, teve um caráter clínico, depois cirúrgico. Hoje é clínico e microcirúrgico, basicamente.
O séculos XIX terminava com a saída da família Bell de Edimburgo, emigrando para a América. O nome Bell, não é só importante por Alek Bell ter inventado o telefone, mas também, por seu trabalho na Fonoaudiologia. Seu avô Charles Bell era um professor de elocução em Edimburgo. Seu pai, Neville Bell, também, ensinava elocução e fonética em Edimburgo; assim desenvolveu um sistema de análise visual da onda sonora, o Visible Speech. O filho, Alexandre Graham Bell, aplicou sua vida à comunicação e aos deficientes de comunicação, pois era casado com uma surda. A Fonoaudiologia se desenvolveria na América pelo trabalho extraordinário desses pioneiros. Mas toda a possibilidade de experimentação de teorias fonético-acústicas na Inglaterra, também partiu com eles. Assim, o "Visible Speech", que Graham Bell denominou "fonoautógrafo", que ele mesmo e Watson aperfeiçoariam nos Estados Unidos, pela Cia. Bell, viria a ser uma invenção americana.
Em 1894, o Dr. Wyllie, em Edimburgo, que ficara pobre em Ciência com a saída dos Bell e a morte de Sweet, escreveu "Disorders of Speech", onde busca evidenciar a necessidade de uma visão organicista e médica para esses casos.
Não caberia à Fonética e sim à Medicina estudar esses problemas.
As Ciências Fonéticas não tinham desenvolvido ainda seu ramo Acústico e a Lingüistica não tinha surgido. Por isso pensou que a Medicina poderia resolver todos esses problemas. Mas, se as patologias orgânicas respondiam ao tratamento médico até certo ponto, as patologias funcionais não. A gagueira, a dislexia funcional, eram comportamentos lingüisticos complexos em que o estudo da base biológica, apenas, não dava explicações. Essa visão biológica única das 3 faces de um fenômeno bio-psíco-social, não seria suficiente. Isto só se saberia mais tarde, no século XX, com as Ciências da Comunicação e o desenvolvimento da Psicologia e da Lingüística.
Os fonéticos que ficaram na Europa conturbada pelas guerras sucessivas de 1870 e 1914, não tinham possibilidade instrumental, pois Edson não havia inventado o fonógrafo ainda, na América. Continuariam fisiológicos. Assim, Troubetskoy e Jakobson voltaram-se para a pesquisa lingüística teórica. O famoso Círculo de Praga separou a Fonética Clássica (articulatória) da nova ciência lingüística que criaram. A Fonoaudiologia, extremamente teórica naquele tempo, não pôde ser aplicada, logo em seguida, aos problemas da linguagem pelos elocucionistas ou fonoaudiólogos da época que não eram muitos, nem tinham uma formação regular. A criação da Fonoaudiologia seria uma reação dos fonéticos à Fonética Clássica, que se tornava pura fisiologia da articulação, pela influência das Ciências bio-médicas em ascensão na Europa.

Fonte:Paulo Goulart, Sandra A . Goulart, Solange Issler, Marjorie Hasson, Mara Dantas.



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terça-feira, 25 de novembro de 2008

MUTISMO SELETIVO!!

Crianças muito quietas, que na escola falam pouco com os colegas e têm dificuldade para responder às perguntas do professor, costumam ser classificadas de tímidas. Estudos na área da psicologia infantil mostram, no entanto, que crianças com esse perfil podem sofrer de um distúrbio de fundo emocional: o mutismo seletivo.
Em geral, a criança acometida desse transtorno comporta-se de maneira contraditória. Em casa, conversa normalmente com os pais e brinca com os irmãos, mas, quando um adulto de fora do círculo familiar incluindo professores ou uma criança que não conhece lhe dirige a palavra, ela permanece muda, demonstrando ansiedade, nervosismo ou, em certas ocasiões, pânico. Na escola, às vezes não consegue sequer pedir para ir ao banheiro e em alguns casos se comunica apenas por gestos.
Até há pouco tempo, pensava-se que esse distúrbio atingia uma em cada mil crianças. Recentemente, um estudo desenvolvido pela American Academy of Child and Adolescent Psychiatry mostrou que essa proporção é de sete para cada mil, o que torna o mutismo seletivo duas vezes mais freqüente do que o autismo.
"Nem sempre é fácil chegar ao diagnóstico de mutismo seletivo", diz Rinaldo Voltolini, professor de psicologia da educação da Universidade de São Paulo. "Ao contrário da criança hiperativa, cujo comportamento agitado chama a atenção de todo mundo, a criança com mutismo seletivo não perturba ninguém e passa por quietinha", completa.
Segundo psiquiatras e psicólogos, o mutismo seletivo surge da conjunção de vários fatores. Quase sempre ele é deflagrado por uma experiência negativa pela qual a criança passou uma violência física ou verbal, ou uma grande decepção. A genética também conta: estatísticas mostram que 70% das crianças afetadas pelo transtorno têm um parente próximo com histórico de perturbações psicológicas.


Fonte: Andi, Portal Aprendiz

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quinta-feira, 20 de novembro de 2008

A prevenção das alterações vocais em crianças

São muitos os casos de problemas vocais infantis. Em geral, eles acontecem na faixa escolar, já na educação infantil. A maioria não recebe tratamento fonoaudiológico e poucos vão ao exame médico otorrinolaringológico, acarretando, assim, uma discrepância entre incidência e tratamento.

Como os problemas de voz em crianças, em geral, não afetam o desempenho acadêmico, eles podem passar despercebidos pelos professores, que estão ali voltados para as questões eminentemente de aprendizagem, não considerando caso especial para tratamento.

Como podemos tentar sanar os problemas que já existem?
Nós, profissionais da saúde e da educação, temos grande responsabilidade nessas questões. Programas educacionais que visem à orientação e triagem com indicação adequada podem diminuir consideravelmente o número de crianças que apresentam rouquidão ou outros sintomas de natureza vocal.

Se esses problemas forem detectados em seus estágios iniciais, há a possibilidade do tratamento ser mais rápido.
Solicitar aos professores que observem a conduta vocal de seus alunos deveria fazer parte do ensino didático em sala de aula.

a prevenção?
A prevenção também deve ser eficaz, com programas educacionais.
A conduta vocal do professor pode, em alguns casos, interferir na conduta vocal dos alunos.

O volume da voz, o ritmo e a velocidade são fatores importantes que os professores devem considerar ao dar aula. Ao mesmo tempo em que estão cuidando dos alunos, estão zelando pelo que lhes é mais precioso, o seu principal instrumento de trabalho, a voz.

Que orientações devem constar nos programas educacionais?

Algumas dicas para esclarecer essa questão:


  • Informações sobre o mecanismo vocal: localizar a região da boca, do pescoço, do peito, da barriga, mostrando como a respiração é importante na hora de falarmos;
  • Observação da conduta vocal: gritos, por exemplo; dificuldade para se expressar, neste caso, as crianças costumam compensar com conduta vocal inadequada quando o adulto não lhe dá atenção devida;
  • Princípios básicos de higiene vocal: treinar falar um pouquinho mais baixo do que se costuma, prestando atenção na voz que está saindo da "garganta";
  • Mostrar às crianças que devemos estar atentos quanto à distância entre o falante e o ouvinte: se estou perto de você não é preciso falar alto porque dá para eu escutar o que você está me falando. Esse é uma boa atividade lúdica para se fazer em forma de dinâmica dentro da sala de aula.

É importante também o professor usar a criatividade, que é um dos quesitos básicos para a melhoria da comunicação.

Fonte: Cal Coimbra - 2004

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sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Síndrome de Lambert-Eaton




Definição:
Condição caracterizada por fraqueza muscular que melhora com a estimulação repetitiva do músculo.




Causas, incidência e fatores de risco:
A síndrome de Lambert-Eaton (síndrome miastênica) é um distúrbio com sintomas muito similares aos da miastenia grave. Na miastenia grave há uma fraqueza muscular relacionada ao bloqueio da comunicação entre os nervos e os músculos. Ao contrário do que acontece na miastenia grave, na qual o neurotransmissor (substância químicas que transmitem os impulsos) está bloqueado por causa de anticorpos, a síndrome de Lambert-Eaton é causada por uma liberação deficiente de neurotransmissores pela célula nervosa. À medida em que se estimula a contração muscular, pode-se armazenar quantidades suficientes de neurotransmissores, resultando em aumento de força.
A causa é desconhecida. Geralmente o distúrbio está associado ao carcinoma de pequenas células ou aos distúrbios auto-imunes. A síndrome de Lambert-Eaton é rara e afeta principalmente homens acima de 40 anos (ao contrário da miastenia grave, que afeta sobretudo as mulheres).






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terça-feira, 4 de novembro de 2008

PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL

O que é Processamento Auditivo?
Processamento Auditivo (PA)é o conjunto de processos e mecanismos que ocorrem dentro do sistema auditivo em resposta a um estímulo acústico e que são responsáveis pelos seguintes fenômenos: localização e lateralização do som, discriminação e reconhecimento de padrões auditivos, aspectos temporais da audição, incluindo resolução, mascaramento, integração e ordenação, performance auditiva com sinais acústicos competitivos e com degradação do sinal acústico (ASHA, 1995).

Características dos indivíduos com Transtorno do PA
dificuldade em compreender a fala na presença de ruídos e/ou em grupos;
tempo de atenção curto;
ansiedade e estresse quando escuta;
facilmente distraído;
dificuldade em seguir direção;
dificuldade para lembrar informações auditivas;
pior habilidade de fala, linguagem escrita e/ou leitura;
comportamento impulsivo;
dificuldade de organização e seqüencialização de estímulos verbais e não-verbais;
utilização de pistas visuais para compreender a mensagem falada;
tempo de latência aumentado para emissão de respostas;
respostas inconsistentes aos estímulos auditivos recebidos.
Um transtorno no processamento auditivo só pode ser detectado por meio de testes específicos que avaliem a função auditiva central.
A queixa mais característica do transtorno do processamento auditivo, entretanto, é a dificuldade para ouvir em ambientes acústicos desfavoráveis (ruidosos, com vários interlocutores ou com distorção da mensagem falada), na presença de avaliação audiológica básica dentro da normalidade.
Bateria de Testes Comportamentais que Avaliam o PA
Monaurais de baixa redundância: avaliam a habilidade do ouvinte de realizar o fechamento auditivo, a figura-fundo e a discriminação quando uma parte do sinal auditivo está distorcida ou ausente (redundância extrínsica reduzida, isto é, a redundância do sinal de fala está diminuída em virtude da modificação das características do sinal de fala).. Exemplos: Teste de Fala no Ruído, PSI -Teste Pediátrico de Inteligibilidade de Fala com Mensagem Competitiva Ipsilateral, SSI – Teste de Identificação de Sentenças Sintéticas, Teste de Fala Filtrada.
Dicóticos: envolvem a apresentação de estímulos diferentes simultaneamente às duas orelhas. Avaliam a integração e a separação binaural, ou seja, a habilidade do ouvinte para repetir tudo o que ouviu ou para dirigir a atenção para uma só orelha. Exemplos: SSW – Teste de Dissílabos Alternados; Dígitos Dicóticos; CES - Sons Ambientais Competitivos.
Processamento Temporal: avaliam as habilidades auditivas de ordenação, discriminação, resolução e integração temporal.. Exemplos: PPST – Teste de Reconhecimento do Padrão de Freqüência; DPST – Teste de Reconhecimento do Padrão de Duração; RGDT – Teste de Detecção de Intervalo Aleatório.
Interação Binaural: avaliam a habilidade do sistema nervoso auditivo central para processar informação díspar, mas complementar, apresentada às duas orelhas. Diferente dos testes de escuta dicótica, as informações apresentadas à cada orelha constituem juntas a mensagem completa, necessitando a integração das duas para que o todo seja percebido.. Exemplos: MLD – Limiar Diferencial de Mascaramento; Teste de Fusão Binaural.
Finalidades da avaliação do PA
determinar ou não a presença de habilidades auditivas deficientes;
descrever os parâmetros e extensões destas alterações;
fornecer informações sobre o local da disfunção no sistema nervoso auditivo central, no indivíduo adulto;
ressaltar as habilidades preferenciais para a aprendizagem;
estabelecer diretrizes e critérios que possam auxiliar na elaboração de um programa de reabilitação.

Quem se beneficia da avaliação comportamental do PA
indivíduos com idade superior a 7 anos (Beck, 2002), sendo que os testes poderiam ser aplicados com cautela na interpretação em crianças com 5 ou 6 anos;
indivíduos com audição periférica suficiente, isto é, média tonal até 40dB NA com simetria de limiares entre orelhas e I.P.R.F. de no mínimo 70% e a diferença do índice entre as orelhas não exceda 20% (KATZ, 1994);
indivíduos com nível de atenção que permita a realização dos testes;
indivíduos com função cognitiva que permita a realização dos testes;
indivíduos com habilidades de linguagem receptiva e emissiva (desenvolvimento suficiente para compreender as tarefas verbais solicitadas e produção de fala inteligível);
indivíduos com integridade da orelha média.

Fonte:Fátima Branco-Barreiro
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segunda-feira, 27 de outubro de 2008

PARABÉNS!! O MUNDO DA FONOAUDIOLOGIA

PARABÉNS COM MUITO SUCESSO... MAIS DE 15 MIL ACESSOS MOSTRANDO DIVERSOS TEMAS IMPORTANTES PARA À ASCENÇÃO DA FONOAUDIOLOGIA...
GRAÇAS A VOCÊ QUE O MUNDO DA FONOAUDIOLOGIA FOI TÃO LONGE! E QUEREMOS IR MUITO MAIS...


















O MUNDO DA FONOAUDIOLOGIA FESTEJA SEU PRIMEIRO ANIVERSÁRIO COM MUITA ALEGRIA, POR NESTA ETAPA O OBJETIVO TER SIDO ALCANÇADO...
NUNCA ESQUEÇA... QUE ESTE MUNDO É SEU!!!

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

FONOAUDIOLOGIA EMPRESARIAL? FIQUE POR DENTRO!!



Nos últimos anos o mundo dos negócios exige profissionais cada vez mais preparados e com várias habilidades. Por isso empresas e diversos profissionais estão buscando resoluções e treinamentos específicos, pois a chegada do 3º milênio, demonstra uma verdadeira revolução nas organizações.
Com o advento da ISO (International Organization for Standardization / Organização Internacional de Normatização) e o Programa de Qualidade, uma das principais características e habilidades solicitadas dos profissionais e empresas é a Comunicação Eficaz.
A Comunicação Eficaz está sendo considerada a principal ferramenta estratégica das relações sociais e profissionais. É a ferramenta fundamental para a realização de uma Comunicação Negocial e Empresarial Eficaz nas corporações, entre seus colaboradores (funcionários), fornecedores e seus clientes, promovendo o relacionamento comunicativo eficaz com os clientes internos e externos e demais.
A Comunicação é uma das principais habilidades para conquistar melhores posições no plano econômico, político e social. Desta forma, o aprimoramento do processo comunicativo é recomendado a todos que se interessem pelo desenvolvimento de sua comunicação pessoal e profissional, assim como o monitoramento da eficiência e eficácia da comunicação organ
izacional.
Desta forma, abre-se um campo bastante promissor para o fonoaudiólogo, o qual pode ser inserido neste contexto como consultor, assessor e instrutor de treinamento na área de comunicação corporativa e pessoal, possibilitando uma excelente oportunidade e perspectiva de trabalho, de acordo com as novas tendências mercadológicas.
Com a crescente demanda por prestadores de serviços, na área de consultoria e treinamento, em especial na área de Comunicação, é fundamental que o fonoaudiólogo desenvolva habilidades e posturas condizentes com estas tarefas e realidade, inovando e ampliando sua atuação clínico-terapêutica para as atividades de consultoria, assessoria e treinamento em comunicação nos vários segmentos da gestão empresarial e recursos humanos, entre eles, telecomunicações, comunicação, internet, Tecnologia da informação, indústria e comércio, educação e cultura, arte, marketing e telemarketing, judiciário, saúde e universitário.
É fundamental, neste sentido a capacitação, formação e treinamento do profissional fonoaudiólogo, na área de Fonoaudiologia Empresarial, possibilitando-o desta maneira ocupar o lugar que lhe é de direito no contexto empresarial e organizacional.
Segundo o Anexo 1 da Lei nº 6.965, de 09 de dezembro de 1981, que regulamenta a profissão, o fonoaudiólogo nas suas atribuições se destina a cuidar do indivíduo ou de populações no que se refere à comunicação humana em seus aspectos de fala (articulação, voz, e fluência), linguagem oral e escrita (aspectos fonológicos, morfológicos, sintáticos, semânticos e pragmáticos), audição (sensibilidade, acuidade, função e processamento) e sistema motor oral (postura, tônus e sistema neuro-vegetativo). Deve promover, habilitar, aperfeiçoar e recuperar os padrões comunicativos, sem preconceitos de ordem política, social, racial e/ou religiosa. (Anexo 1 - Legislação: Lei n.º 6.965, de 09 de dezembro de 1981.)
Assim, o trabalho do fonoaudiólogo - consultor, assessor e instrutor, objetiva o aprimoramento e acompanhamento das atividades de trabalho que necessitem primordialmente de condições excelentes de comunicação.
Nesta medida, desenvolvemos estas atividades no contexto empresarial com o objetivo de aprimoramento, acompanhamento e aperfeiçoamento da arte de falar e de ouvir/escutar; da arte de relacionamento interpessoal eficaz por meio da comunicação; do relacionamento comunicativo interdepartamentos; do trabalho e relacionamento em equipe através da comunicação eficaz; da administração de conflitos através da comunicação eficaz; da comunicação nos processos de gerenciamento, delegação e ordenação de ordens e atividades; do atendimento ao cliente e telemarketing ativo e receptivo; de habilidades de comunicar-se de forma clara, objetiva e motivadora; da interatividade nas reuniões, eventos e apresentações de produtos e serviços; situações de entrevista; da escrita profissional e redação empresarial; da comunicação negocial e empresarial, de encontros de negócios empreendedores; da saúde ocupacional (vocal e auditiva – fonoaudiologia ocupacional) etc.
Fonte: Maria do Carmo Carrasco - Fonoaudióloga Empresarial


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quarta-feira, 22 de outubro de 2008

DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM - CURSO DE EXTENSÃO!

NÚCLEO DE ATIVIDADE DO FONOAUDIÓLOGO - NAF
NAF.BRASIL - JP EM PARCERIA COM NAF.BRASIL - MA

CURSO DE EXTENSÃO :

DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM
CAPACITANDO EDUCADORES

Objetivo: Possibilitar capacidades de novas alternativas e encaminhamento no processo educativo, contribuindo para a prevenção e diminuição dos problemas de aprendizagem e na redução dos índices de fracasso escolar.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Aquisição e desenv. da Linguagem;
Dislexia;
TDAH;
Distúrbio de Leitura e Escrita.
Fgo. MARCOS ABREU CRFa: 8215-MA

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DATA: 28, 29 E 30 DE NOV.
LOCAL: UNIPÊ - JOÃO PESSOA -PB
Síndrome de Down;
Autismo;
Deficiência Auditiva;
Gagueira e INCLUSÃO
.
Fga. GIZELLE MARTINS CRFa: 9193-MA

INSCRIÇÕES E INFORMAÇÕES:
www.fonoaudiologiaclinica.com.br/ericamoreira

terça-feira, 14 de outubro de 2008

ACHADOS AUDIOLÓGICOS EM INDIVÍDUOS PORTADORES DO VÍRUS HIV


A AIDS ( Acquired Immunodeficiency Syndrome ) é considerada a doença sexualmente transmissível com maior índice de óbito no mundo. Com o avanço das pesquisas sobre a causa, sintomas e tratamento da doença, a qualidade e tempo de vida do indivíduo portador do vírus HIV ( Human Immunodeficiency Virus) tem melhorado consideravelmente. Ser soro-positivo hoje não significa morte anunciada: morte por AIDS, cede espaço para vida com AIDS. Isto graças à grande descoberta de DAVID HO: o coquetel.

A AIDS é conhecida no Brasil como SIDA ( Síndrome da Imunodeficiência Adquirida ) e manifesta-se pela ação do vírus HIV que age no sistema imunológico humano, favorecendo o aparecimento de outras infecções graves.
Para BIRCHALL et al (1992) as etiologias da perda auditiva nos portadores do vírus HIV podem ser por viroses, herpes simples, sífilis, hepatite B, herpes Zoster e toxoplasmose. A ototoxidade também inclui-se no quadro das etiologias devido aos tratamentos de infecções oportunistas e neoplasias.
Gonçalves et al (1994) relatam em seu estudo que a alteração auditiva pode ser secundária de tumores malígnos como o Sarcoma de Kaposi devido comprometimento do conduto auditivo externo.
Segundo os achados de TIMON e WALSH (1989) dois pacientes em estudo apresentaram perda auditiva neurossensorial, sendo que no primeiro caso os re
sultados audiológicos encontrados foram perda auditiva neurossensorial de grau moderado na orelha esquerda nas freqüências agudas e no segundo, a perda auditiva apresentou-se flutuante, com resolução completa quatro meses depois.
De acordo com WALLACE et al (1994) três pacientes portadores do vírus HIV desenvolveram perda auditiva neurossensorial bilateral de grau leve a severo por ototoxidade causada pela azitromicina.
SOLER et al (1996), relata um caso clínico em que o paciente portador do vírus HIV apresentou uma perda auditiva unilateral de grau severo com causa desconhecida, com recuperação considerável da audição antecedendo o tratamento da mesma. Após três meses sua audição encontrava-se dentro dos padrões de normalidade.
Segundo TSENG et al (1997) os portadores do vírus HIV correm o risco de apresentar alterações auditivas como um fator secundário de infecções oportunistas ou por ototoxidade ( devido as drogas anti-retrovirais ).
Autora: Fga. Raquel Ribeiro Leite Soares
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quarta-feira, 1 de outubro de 2008

DISFONIA INFANTIL


Pais e educadores dão pouca importância às alterações vocais na infância, o que faz com que a incidência da disfonia na população pediátrica seja ainda controversa na literatura.
Estudos epidemiológicos realizados em escolas referem uma incidência de disfonia infantil entre 6 e 23,4%, dependendo da localização da escola, aspectos variados e de uma série enorme de considerações metodológicas2. Entre os diferentes estudos, podemos citar Pont (1965), que encontrou uma incidência de 9,1%; Baynes (1966), com 7%; Senturia & Wilson (1968), com 6%; Silverman & Zimmer (1974), com a incidência mais elevada, em 23,4%; Yari e col. (1974), com 13% de rouquidão aguda e 5% de rouquidão crônica; e Warr-Leeper e col. (1979), com 7% de incidência de disfonia infantil.
A etiologia da disfonia infantil pode variar desde afecções autolimitadas, como as laringites agudas virais, até lesões incapacitantes e com risco de vida, como os tumores e estenose laríngea em grau variado.
Entretanto, a observação clínica comum, praticamente com base universal, é de que em média, 70% das crianças roucas apresentam nódulo vocal. O pico de incidência ocorre entre os 5 e 10 anos de idade, sem diferença quanto ao sexo, embora se observe uma maior tendência no sexo masculino, provavelmente pela exigência social de um comportamento mais agressivo nesse sexo. Os fatores causais da disfonia podem ser agrupados em 5 grupos: hábitos de vida inadequados, fatores ambientais, físicos e psicológicos, estrutura da personalidade, inadaptação fônica e fatores alérgicos, dentre outros.
O diagnóstico das disfonias na infância tem sido facilitado, nos últimos anos, pelo desenvolvimento de métodos diagnósticos de fácil execução técnica, como a videolaringoscopia
.
Fonte:Rev. Bras. Otorrinolaringol. vol.67 no.6 São Paulo Nov. 2001




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sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Revelação da Síndrome de Down no embrião

A equipe, formada por especialistas do hospital Barts and the London NHS Trust, na Inglaterra, e de outros quatro países, afirma que as mudanças causadas pela cópia extra do cromossomo 21 – condição genética conhecida como trissomia do 21 – podem ser observadas já na fase embrionária.
Segundo o estudo, o terceiro cromossomo desperta mudanças genéticas nas células-tronco do embrião em desenvolvimento.
A Síndrome de Down pertence a um grupo de condições conhecidas como aneuploidias, que são definidas por uma perda ou ganho anormal do material genético, como cromossomos.
Essa condição pode causar anomalias congênitas que são a principal causa das mortes infantis na Europa e nos Estados Unidos.

Genes
Os pesquisadores analisaram as células-tronco de camundongos geneticamente modificados para carregar uma cópia humana do cromossomo 21 e afirmam que a adição deste esse terceiro cromossomo despertou uma série de mudanças genéticas no embrião.
De acordo com o estudo, isso ocorre porque a presença do cromossomo adicional prejudica um gene regulador chamado REST, que, por sua vez, prejudica a função normal de outros genes que controlam o desenvolvimento normal no estágio embrionário.
A pesquisa identificou ainda que o gene DYRK1A, presente no cromossomo 21, seria o responsável por ativar esses distúrbios.

Tratamento
Segundo Dean Nizetic, um dos autores do estudo, a pesquisa pode contribuir para o desenvolvimento de terapias moleculares capazes de aliviar os efeitos da Síndrome de Down.
“Esperamos que futuras pesquisas possam nos dar pistas para a concepção de novas abordagens terapêuticas que combatam o atraso no desenvolvimento, o retardo mental, o envelhecimento e a regeneração das células cerebrais”, disse.
Ele sugere que pesquisas futuras devem ser direcionadas a analisar o mecanismo que possa levar ao desenvolvimento de tratamentos para crianças portadoras da Síndrome de Down nos primeiros anos de vida, quando o cérebro ainda está se desenvolvendo de maneira rápida.
Carol Boys, diretora da Associação Britânica da Síndrome de Down, disse que a pesquisa é um passo positivo.
“Qualquer pesquisa que nos ajude a compreender melhor algumas das complexas condições médicas associadas à Síndrome só pode ser um passo a frente no desenvolvimento de tratamentos terapêuticos que possam levar a uma melhoria na saúde dos portadores”, disse..




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quarta-feira, 24 de setembro de 2008

A relação da Fonoaudiologia com a Equoterapia


A equoterapia é definida como um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas áreas de Saúde, Educação e Equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas portadoras de deficiência e/ou de necessidades especiais (ANDE, 1999). Quando associada à terapia fonoaudiológica, propicia ao paciente alcançar determinados objetivos terapêuticos com maior desenvoltura. A fonoaudiologia possui íntima relação com a equoterapia, em virtude de ambas trabalharem em conjunto com patologias comuns, em casos referentes à pacientes com as seguintes indicações:
• Paralisia cerebral
• Acidente vascular encefálico;
• Atraso no desenvolvimento neuropsicomotor;
• Síndrome de Down; • Dificuldade da aprendizagem ou linguagem;
• Esclerose múltipla; • Disfunção na integração social;
• Traumatismo cranioencefálico, entre outras.
É de suma importância ressaltar que em determinados casos tal prática é contra-indicada, por exemplo, portadores de síndrome de Down com menos de três anos, osteoporose grave, osteogênese imperfeita, tumor ósseo, ferimentos abertos sobre uma superfície de sustentação (ísquios, região medial da coxa, joelhos etc.), distúrbios ativos da saúde mental que possam ser perigosos, etc. Além do fonoaudiólogo, a equipe de equoterapia é composta por diversos profissionais como:
• Fisioterapeuta • Psicólogo • Médico • Pedagogo • Psicopedagogo • Professor de Educação Física • Instrutor de Equitação • Auxiliar-guia • Tratador
A produção da fala, que conduz a linguagem, requer de um tônus postural adequado, padrões normais de movimento, ritmo, posicionamento correto de cabeça e corpo, controle respiratório, coordenação fono-respiratória. O fonoaudiólogo, juntamente com a equipe de equoterapia e com base em seus conhecimentos, tem como objetivo adaptar os exercícios da sua área para a sessão de Equoterapia, de acordo com as necessidades de cada paciente, aproveitando a estimulação do meio ambiente e do cavalo, proporcionando uma terapia lúdica e prazerosa. No momento em que os exercícios são aplicados é importante utilizar da musicoterapia e das onomatopéias, por se tratar de uma estratégia que propicia estimulação de fala, da linguagem e do enriquecimento do vocabulário.
Fonte: Elen C. Campos Caiado Graduada em Fonoaudiologia e Pedagogia Equipe Brasil Escola




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segunda-feira, 22 de setembro de 2008

LINGÜÍSTICA!

Lingüística é a ciência que estuda a linguagem verbal humana.
Como toda a ciência, ela baseia-se em observações conduzidas através de métodos, com fundamentação em uma teoria. Portanto, a função de um lingüista é estudar toda e qualquer manifestação lingüística como um fato merecedor de descrição e explicação dentro de um quadro científico adequado.
Para um lingüista é muito mais interessante uma passagem do tipo:

Cumé qui é?
a outra:
Como é que é?
pois as variações lingüísticas e seus motivos socio-culturais são, cientificamente, muito mais relevantes do que a norma padrão da língua, isto é, o jeito “correto” de falar.
O lingüista quer descobrir como a língua funciona, estudando várias dessas línguas, de forma empírica (através de dados baseados na experiência), dando preferência às variações populares faladas em diversas comunidades.
Os critérios de coleta, organização, seleção e análise dos dados lingüísticos obedecem a uma teoria lingüística expressamente formulada para esse fim.

Divisões da Lingüística
1. Considerando o foco da análise:
Lingüística Descritiva (ou sincrônica): Fala de uma língua, descrevendo-a simultaneamente no tempo, analisa as relações existentes entre os fatos lingüísticos em um estado da língua, além de fornecer dados que confirmam ou não as hipóteses. Modernamente, ela cede lugar à Lingüística Teórica, que constrói modelos teóricos, mais do que descreve;
Lingüística História (ou diacrônica): Analisa as mudanças que a língua sofre através dos tempos, preocupando-se, principalmente, com as transformações ocorridas;
Lingüística Teórica: Procura estudar questões sobre como as pessoas, usando suas linguagens, conseguem comunicar-se; quais propriedades todas as linguagens têm em comum; qual conhecimento uma pessoa deve possuir para ser capaz de usar uma linguagem e como a habilidade lingüística é adquirida pelas crianças;
Lingüística Aplicada: Utiliza conhecimentos da linguística para solucionar problemas, geralmente referentes ao ensino de línguas, à tradução ou aos distúrbios de linguagem.
Lingüística Geral: Engloba todas as áreas, sem um detalhamento profundo. Fornece modelos e conceitos que fundamentarão a análise das línguas.
2. Considerando o que constitui a língua:
Fonologia: Estuda os menores segmentos que formam a língua, isto é, os fonemas;
Morfologia: Estuda as classes de palavras, suas flexões, estrutura e formação;
Sintaxe: Estuda as funções das palavras nas frases;
Semântica: Estuda os sentidos das frases e das palavras que a integram;
3. Considerando suas conexões com outros domínios:
Psicolingüística: Estuda a relação entre a linguagem e a mente;
Sociolingüística: Estuda a relação entre a linguagem e a sociedade;
Etnolingüística: Estuda a relação entre a linguagem e a cultura (cultura não no sentido de erudição ou conhecimento livreiro, mas sim como as tradições de um povo, esta cultura que todos p
ossuem.)


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sexta-feira, 19 de setembro de 2008

A questão da Fono Hospitalar. É bom não confundir!


A Fonoaudiologia Hospitalar, como área nova da fonoaudiologia tem despertado grandecuriosidade por parte de todos aqueles que se interessam pelo assunto. Temos ouvidofalar muito em Fonoaudiologia Neonatal diferenciando-a de Fonoaudiologia Hospitalar.Mas na realidade e pelo que entendemos a Fono Neonatal é uma sub-especialidade daFono Hospitalar desde que as características são as mesmas:
Atendimento AINDA NO LEITO;Ação precoce, preventiva e intensiva (nos casos cirúrgicos: ação pré, trans, e pós-cirúrgica);Pelo exposto, podemos entender que a Fonoaudiologia Hospitalar Emergencial divide-seem:Fonoaudiologia NeoNatal (gestante, parto, RN de risco e normal);Fonoaudiologia Neurológica Hospitalar (crianças, adultos e idosos internados);Fonoaudiologia Gerontológica (idoso internado diferenciando o fisiológico dopatológico);Fonoaudiologia Hospitalar Especializada (fissurados, laringectomizados, queimados,comatosos);
A grande questão quanto ao uso do termo EMERGENCIAL surge dos objetivos de atuação que são emergenciais cabendo ao fonoaudiólogo hospitalar tratar dos desvios que poderão ser instalados, desenvolvendo alguma forma de comunicação.A Fono Hospitalar na realidade engloba as quatro especialidades porque não podemostratar a motricidade oral e deixar para outro fonoaudiólogo tratar a linguagem!
Fonte:Fga. Elizabeth Luz
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segunda-feira, 15 de setembro de 2008

FONOAUDIOLOGIA COM O IDOSO!

(Clique na Figura)


A velhice não é doença, é um processo biológico universal e progressivo.
A qualidade de vida do idoso depende muito de sua interação com a família e com a sociedade. Dentre os principais fatores de socialização, um dos mais importantes é a comunicação.
O processo de envelhecimento leva a modificações que afetam desde voz, (dificuldade de modulação por atrofias da musculatura e por fixação das cartilagens, queda na qualidade vocal), até alterações importantes como problemas para engolir, falhas de memória, entre outros.
Muitas vezes o idoso começa a apresentar dificuldades para se comunicar e com o tempo vai sendo deixado de lado tanto pela família como pela comunidade em que vive. Alguns que não falam e que às vezes são tratados como não lúcidos podem na verdade estar com alguma alteração tratável.
Aos primeiros sinais de dificuldade ou impossibilidade de comunicação e/ou alteração nas funções respiração, mastigação e deglutição, é fundamental o encaminhamento para um
Fonoaudiólogo. Após uma avaliação fonoaudiológica, este profissional pode desde orientar a família no aprimoramento da comunicação, até detectar se o idoso não apresenta uma patologia que necessite de tratamento específico, como Afasia, Doença de Parkinson, Disfagia, etc.
O Fonoaudiólogo pode melhorar e aperfeiçoar a comunicação do idoso, tratando e prevenindo eventuais alterações de fala e linguagem, inserindo-o novamente na sociedade como um indivíduo ativo e participativo.
A sociedade precisa começar a encarar os idosos sem preconceitos e sem estereótipos, deixando de pensar neles como pessoas inúteis, não produtivas, doentes, gagás, etc. Devemos lembrar que a velhice é uma fase natural da vida e chega de forma inexorável para todos.
O idoso pode apresentar algumas dificuldades, mas com a atenção e cuidados específicos, a velhice pode ser encarada tanto pelo o indivíduo como pela família como uma fase bastante positiva e proveitosa.








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segunda-feira, 8 de setembro de 2008

REABILITAÇÃO VESTIBULAR!!



O equilíbrio corporal do ser humano depende das informações oriundas da orelha interna (labirinto), da visão e da somatocepção, que são receptores sensoriais periféricos relacionados com a orientação espacial. As informações colhidas são processadas e organizadas no Sistema Nervoso Central (SNC), que também se encarrega de controlar e de planejar o ato motor, para que finalmente as execuções motoras como a marcha e a postura, ocorram corretamente.O funcionamento adequado do sistema vestibular periférico (labirinto posterior e nervos vestibulares) e também do sistema vestibular central (núcleos vestibulares), vias e conexões do SNC pode ser comprometido por diversas perturbações, entre elas, infecciosas, inflamatórias, neoplásicas, degenerativas, auto-imunes, vasculares, reumáticas, hormonais, psicogênicas, genéticas, metabólicas, iatrogênicas e posturais.Esta pluralidade de causas confirma a relação existente entre o sistema vestibular e outros sistemas do organismo humano. Eis porque a tontura, um sintoma vestibular, ocorre com tanta freqüência.A tontura pode se manifestar como uma sensação de flutuação, de cabeça oca, vertigem (tontura giratória), de estar sendo atraído para o solo (afundamento), entre outras queixas. Outros sintomas são relatados ou verificados pelos pacientes com vestibulopatias: vômitos, náuseas, sudorese fria, mal estar, taquicardia, palidez, ansiedade, medo, zumbido, distúrbios da audição, cefaléia, dificuldade de concentração, distúrbios de linguagem e quedas.A intensidade, a freqüência, a duração e a prevalência dos sintomas que acompanham as vestibulopatias comprometem as atividades profissionais, domésticas e sociais, trazem prejuízos físicos, psicológicos e financeiros e pioram a qualidade de vida da pessoa.Nas últimas décadas as pesquisas e o trabalho no campo da otoneurologia, tem permitido aliviar o sofrimento dos indivíduos permitindo o pronto restabelecimento do equilíbrio corporal, prevenindo o aparecimento ou a recorrência dos quadros clínicos vestibulares e, como conseqüência, a mais rápida reintegração às atividades rotineiras. Novos métodos propedêuticos foram desenvolvidos e/ou aperfeiçoados para aprimorar o diagnóstico e torna-lo o mais correto e precoce possível.O procedimento ideal é a reunião dos recursos disponíveis e cabíveis para cada caso e a aplicação deles de forma personalizada.O programa de reabilitação deverá ser selecionado de acordo com o tipo de disfunção vestibular identificado ao exame otoneurológico.Os resultados da R.V. podem ser influenciados positivamente por alguns fatores:Idade (quanto mais jovem for o organismo, mais facilmente haverá adaptação e compensação vestibular).Vontade (a participação ativa do paciente promove resultados mais rápidos e efetivos).Medicamentos (podem retardar ou acelerar a compensação vestibular). E, o estado psíquico (é mais fácil compensar indivíduos psicologicamente estabilizados).


A Reabilitação Vestibular visa:

Estimular a estabilização visual durante a movimentação cefálica;Aumentar a interação vestibulovisual durante a movimentação da cabeça;Proporcionar maior estabilidade postural estática e dinâmica nas situações de conflito sensorial; e.Diminuir a sensibilidade individual à movimentação cefálica.A melhora com a terapia parece estar ligada às adaptações neurais multifatoriais, substituições sensoriais, recuperação funcional dos reflexos vestíbulo-ocular e vestíbulo-espinal, condicionamento global, alteração do estilo de vida e efeito psicológico positivo com a recuperação da segurança física e psíquica.É muito importante que o cliente saiba que poderá sentir tontura e outros sintomas vestibulares concomitantes, geralmente de leve intensidade, ao longo da realização de exercícios de RV, sem que isto represente recorrência da crise ou piora de sua evolução clínica. Aliás, estas tonturas são mais comuns no início do tratamento e tendem a desaparecer com a continuação dos exercícios de RV.Todos as pessoas, antes de iniciar um programa de R.V., devem ser avaliadas quanto a possível presença de alterações físicas e/ou psíquicas que possam contra-indicar os procedimentos, como por exemplo, afecções da coluna vertebral, especialmente da região cervical. Devem ser igualmente alertados de que os cuidados médicos são essenciais para a orientação a própria.O tratamento depende, portanto, do diagnóstico e da identificação da causa específica do distúrbio labiríntico. No entanto, o tratamento exclusivamente da causa pode ser insuficiente para a obtenção de resultados favoráveis. A utilização conjunta de outros recursos terapêuticos pode ser indispensável. Entre estes recursos, incluem-se os medicamentos que podem atenuar os sintomas e facilitar a compensação do distúrbio labiríntico, os exercícios de reabilitação do equilíbrio corporal, uma orientação nutricional para evitar erros alimentares ou hábitos que podem ser importantes fatores agravantes, a cirurgia e a psicoterapia.Com o tratamento adequado, um número relevante de pessoas tem obtido melhora expressiva ou cura de seus distúrbios labirínticos.





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