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quinta-feira, 8 de julho de 2010

Continuação da Postagem Anterior: AVALIAÇÃO DA DINÂMICA DA DEGLUTIÇÃO E DA DISFAGIA OROFARINGEA.

Na fisiologia de proteção das vias aéreas, ainda se prioriza o papel de estruturas isoladas. Esta função se cumpre pela inter-relação dinâmica de diversas estruturas que, arranjam-se durante a fase faríngea da deglutição. Este arranjo sob comando de um controle neural, determina diminuição da resistência da via digestiva, por sua ampliação seqüencial, e aumento da resistência das vias aéreas. Não depende de uma ou de outra estrutura especificamente, mas sim, de uma dinâmica funcional, onde diversas estruturas participam integrando suas possibilidades individuais.

Músculos de ventre discreto, como o ariepiglótico, cuja ação descrita seria a de esfíncter superior da larínge aproximando aritenóides e epiglote e fechando em adução o ádito laringeo10,16, funções que para se cumprir, exigiria suplantar resistências que evidentemente este músculo não é capaz.

Uma pressão basal de repouso elevada, existente na transição faringo-esofágica, usualmente atribuída ao músculo cricofaríngeo que, por suas características morfológicas e fixações, não seriam cabidas; deixando-se de valorizar outras, como a ação de pinça produzida pela relação entre a laringe e a lordose cervical sobre esta transição, que tem no músculo cricofaríngeo a delimitação de seu contorno postero-lateral7.

Fixações ligamentares que por si, determinam o deslocamento correlato de estruturas durante a deglutição, desconsideradas no contexto de suas dinâmicas, como o observado para o ligamento hio-epiglótico que determina o deslocamento anterior da epiglote antes que ela se everta sobre o ádito laríngeo, separando, com sua extremidade livre, a orofarínge da laringofarínge; fato que ocorre em tempo posterior a passagem do volume deglutido9.

As considerações acima formuladas, não visam apenas polemizar, têm o propósito básico de enfatizar a importância de se reanalisar os conceitos a luz de observações permitidas por novos métodos.

Os métodos ópticos de visão direta permitem observação regionalizada e interferem na dinâmica, não sendo portanto os mais adequados a investigação dos mecanismos envolvidos na dinâmica da deglutição.

A manometria, se limita ao registro das variações pressóricas da dinâmica faríngea e se sustenta em conceitos funcionais que não é capaz de testar.

JONES et al11,enfatizaram que a faringe tem sido radiologicamente e a longo tempo uma terra de ninguém desconhecida dos radiologistas pela complexa anatomia e dificuldade de registro adequado devido a impossibilidade de mantê-la distendida com uso de meios de contrate.

Como resgate ao método radiológico, o método videofluoroscópico, que registra, com baixo índice de exposição à radiação, a dinâmica da deglutição com 30 frames por segundo( 60 campos de imagem) deixa ver e correlacionar com qualidade suficiente, os eventos até então pouco definidos. O método registra todo o processo da dinâmica da deglutição permitindo que se analise e reanalise os eventos registrados até que se os compreenda de modo adequado sem que sejam necessárias novas exposições a radiação. Diversos trabalhos têm ressaltado ovalor do método videofluoroscópico6,8,13,14,17,19. Ele tem sido considerado como o gold standard para avaliação da deglutição e de suas disfunções. Linden e Siebens15 concluíram que a técnica videofluorocópica é essencial para a detecção e compreensão das patologias da deglutição.

AVALIAÇÃO DA DINÂMICA DA DEGLUTIÇÃO: FASES ORAL E FARÍNGEA.

.... HAVERÁ CONTINUAÇÃO NA PRÓXIMA POSTAGEM!


Autor: Milton Melciades Barbosa Costa

sexta-feira, 25 de junho de 2010

AVALIAÇÃO DA DINÂMICA DA DEGLUTIÇÃO E DA DISFAGIA OROFARINGEA 1ª PARTE!

A dinâmica da deglutição, considerada em suas fases oral, faringea e esofágica mereceram estudos e avanços conceituais distintos. A fisiologia do esôfago e suas disfunções, mais rapidamente se aclararam. Morfologia tubular, estrutura e relações anatômicas de menor complexidade e um significativo número de instrumentos capazes de informar sobre sua constituição, fisiologia e disfunções, destacaram o conhecimento do esôfago em relação àqueles necessários a melhor compreensão da dinâmica das fases oral e faríngea da deglutição.
Por certo o quase sempre insuficiente nível de conhecimento sobre a estruturação e inter-relação oral e faringea, deve-se a complexa anatomia destas regiões, a uma fisiologia, em muitos de seus aspectos, ainda obscura, a multiplicidade de interesses pontuais e as dificuldades de analise da dinâmica integrada de suas estruturas.
Recente revisão sobre a disfagia orofaríngea considerou diversas razões para justificar sua complexidade clínica. Entre elas aponta a disfagia orofaríngea como síndrome multidimensional que interpenetra o domínio de muitas profissões e adverte que a total compreensão da fisiologia orofaríngea é pre-requisito para o entendimento das disfunções da deglutição; ressalta ainda que sua avaliação clínica requer especificidade metodológica2.
Tem-se podido observar um mais efetivo conhecimento da fisiologia das fases oral e faríngea e suas disfunções, a partir de um interesse interdisciplinar e de sua avaliação através do método videofluoroscópico. Contudo, a dinâmica da deglutição, em especial no que diz respeito as fases oral e faríngea, constitui-se, ainda, em campo aberto à pesquisa. Os diversos mecanismos que compõem esta dinâmica começam a ser melhor compreendidos, mas ainda permanecem discordâncias conceituais.
A fase oral da deglutição que pode ser submetida ao controle voluntário e sua integração com a fase faríngea, que independe da vontade, tem suas dinâmicas alicerçadas em bases anatômicas, estruturais e de relação, nem sempre adequadas. Assim uma fisiologia também inadequada, tem sido defendida, as vezes, com veemência inocente.
A revisão morfológica das estruturas cérvico-cefálicas, no que diz respeito as suas relações e limites funcionais, deixa ver, em muitos aspectos, a admissão indevida e ou inadequada do papel destas estruturas e de suas relações no embasamento da dinâmica das fases oral e faríngea da deglutição. Com freqüência, conceitos clássicos alicerçam-se em conhecimentos distorcidos perpetuando, como verdades, definições inadequadas que interferem ou podem interferir na melhor compreensão da fisiologia do fenômeno da deglutição, e consequentemente de suas disfunções.
São inúmeros os exemplos que podem ser apontados na exemplificação desta acertiva.
A abertura da boca contra resistência, que é função primária do músculo peterigóideo lateral, tem sido atribuída ao músculo milohióide devido a sua inserção distal no osso hióide1,18,20. Esse osso é móvel e acaba deslocado para cima e em sentido anterior quando da contração do músculo milohióide, que ocorre efetivamente quando da ejeção do conteúdo oral para a faringe, que se dá no final da fase oral da deglutição.
O deslocamento de algumas estruturas tem sido consideradas somente quanto a sua extensão, não se valorizando o tempo de estabilização das estruturas deslocadas. O osso hióide se eleva e se anterioriza, a transição faringo-esofágica se amplia e estes fatos têm que ser considerados não só quanto a amplitude do deslocamento ou abertura mas também quanto ao tempo de manutenção destes deslocamentos, que também são dependentes da intensidade e do número de unidades motoras despolarizadas pela solicitação determinada, em especial, pelo volume e densidade do conteúdo ejetado pela fase oral.
A dinâmica da fase faríngea da deglutição nitidamente iniciada e dependente da distensão da faringe, determinada pela transferência pressórica da cavidade oral para a faringe, é ainda admitida como sendo elicitada por estímulo de receptores isolados em pontos definidos da parede faríngea....

FONTE: Milton Melciades Barbosa Costa

SE VOCÊ QUISER A CONTINUAÇÃO DESTA POSTAGEM MANDE UM EMAIL PARA: marcos.fono@gmail.com






sábado, 19 de junho de 2010

A VISÃO DA FONOAUDIOLOGIA NA EQUOTERAPIA - O uso do cavalo como instrumento facilitador na fonoaudiologia.

A Equoterapia é um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas áreas de Saúde, Educação e Equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas portadoras de deficiência e/ou de necessidades especiais (ANDE, 1999). O cavalo é utilizado como um meio de se alcançar os objetivos terapêuticos. Ela exige a participação do corpo inteiro, de todos os músculos e de todas as articulações.
O movimento rítmico, preciso e tridimensional do cavalo, que ao caminhar se desloca para frente / trás, para os lados e para cima / baixo, pode ser comparado com a ação da pelve humana no andar, permitindo a todo instante entradas sensoriais em forma de propriocepção profunda, estimulações vestibular, olfativa, visual, auditiva e cinestésica.
O praticante da equoterapia é levado a acompanhar os movimentos do cavalo, tendo que manter o equilíbrio e coordenação para movimentar simultaneamente tronco, braços, ombros, cabeça e o restante do corpo, dentro de seus limites. O movimento tridimensional do cavalo provoca um deslocamento do centro gravitacional do paciente, desenvolvendo o equilíbrio, a normalização do tônus, o controle postural, a coordenação, a redução de espasmos, respiração, e informações proprioceptivas, estimulando não apenas o funcionamento de ângulos articulares, como o de músculos e circulação sangüínea.
Na fonoaudiologia sabemos que para produção da fala (condução da linguagem) precisamos ter um tônus postural adequado, padrões normais de movimento, ritmo, posicionamento correto de cabeça e corpo, controle respiratório, coordenação fono-respiratória. O movimento tridimensional do cavalo influencia diretamente em músculos do controle postural, nos músculos da cavidade oral, nos músculos da laringe e nos músculos da respiração. Portanto, temos a ação direta do cavalo favorecendo na adequação de tônus, da postura, da sensibilidade, da propriocepção e da respiração.
Em paralelo, temos o profissional de fonoaudiologia atuando na equipe de Equoterapia. Com seus conhecimentos ele vai procurar adaptar os exercícios da sua área para a sessão de Equoterapia, de acordo com as necessidades de cada paciente, aproveitando a estimulação no meio ambiente e do cavalo, proporcionando uma terapia lúdica e prazerosa.
Os exercícios articulatórios podem ser realizados desde o momento que se pede ao paciente para jogar um beijo para o cavalo se locomover, assim como o estalar de língua, que pode representar o barulho do animal andando. Durante toda a sessão, usa-se da musicoterapia e das onomatopéias para estimulação de fala, da linguagem e do eriquecimento de vocabulário.
Outro aspecto trabalhado pelo profisional da fonoaudiologia é a Psicomotricidade. O deslocamento do cavalo impõe ao praticante um movimento doce, ritmado, repetitivo e simétrico. Para manter o equilíbrio, o tônus muscular deve adaptar-se alternadamente ao tempo de repouso e de atividade. Significa reconhecer uma atitude corporal pelo senso postural, depois reajustar sua posição. Com isso, ele é conduzido a uma melhor compreensão de seu esquema corporal.
Os exercícios psicomotores não são um fim em si mesmos, mas um meio para atingir a integração do sujeito no meio físico e social, trabalhando a relação que se estabelece entre a consciência do sujeito e o mundo que o cerca.
Diversos exercícios psicomotores podem ser utilizados na Equoterapia para ajudar na reabilitação.
A coordenação motora engloba os movimentos amplos, finos, e a dissociação de movimentos. Já de início, ao montar o cavalo, estamos trabalhando movimento amplo e dissociação, pois o praticante tem que lançar a perna direita por cima do dorso do animal. Jogar bola, abraçar, pegar na orelha ou no rabo do cavalo, assim como dar banho e escovar são alguns exemplos para movimentos amplos e dissociação de movimentos. Estes últimos são também importantes na relação afetiva que a criança começa estabelecer com o animal, proporcionando melhora na auto-estima e auto-confiança, independência e senso de responsabilidade. O segurar a rédia com as mãos já estimula os movimentos finos, como fazer trança e pegar pequenos objetos presos na crina do cavalo ou então pegar folhinhas das árvores, visto que o trabalho é feito em ar live, o que ajuda na moticidade fina.
A estimulação do esquema corporal é feita na mesma forma do consultório com suas devidas adaptações, através de nomeação, função e comparação das partes dos corpo do animal com o da criança. Posteriormente, consegue-se verificar a imagem com desenhos, que são feitos sobre a garupa do cavalo.
A lateralidade também já começa a ser estimulada quando o praticante monta, pois normalmente subimos pelo lado esquerdo do animal. Adaptamos basicamente os mesmos exercícios na Equoterapia. Guiar o cavalo sozinho, por exemplo, já requer uma noção de lateralidade para que não se erre o caminho estabelecido pelas terapeutas.
Por ser um trabalho ao ar livre, as precepções olfativa e auditiva são estimuldas junto a natureza. O relinchar do cavalo, a buzina do carro e da ferradura do animal, assim como o cheiro do estrume, da comida, do remédio são mostrados ao praticante.
Todas as funções intelectivas, como memória, atenção, análise e síntese, organização do pensamento, orientação e organização espacial e temporal, figura-fundo, percepção visual, relação espacial, coordenação viso-motora, ritmo, estão sendo estimuldas durante qualquer tipo de exercício. Dependendo da necessidade de cada praticante, uma função será mais enfatizada através de atividades específicas e adaptadas.
Na Equoterapia se faz necessária a integração de uma equipe transdisciplinar onde é fundamental o conhecimento sobre a patologia, como também sobre os efeitos da estimulação advindas do movimento tridimensional do animal no praticante. É preciso também ter habilidade suficiente para entender as necessidades deste, facilitando o processo da terapia.
A Fonoaudióloga, como integrante desta equipe interdisciplinar, tem sua atuação na avaliação e diagnóstico do praticante, verificação e encaminhamento para exames específicos, quando necessário, além de, juntamente com a equipe, traçar o processo terapêutico, os planos de sessão específicos da fonoaudiologia, orientar e informar os pais sobre sua atuação na equipe, trocar informações entre outros profisionais da área fonoaudiológica que atendam o praticante fora do setting equoterápico e fazer reavaliações constantes.
Todo trabalho com o ser humano é melhor realizado quando diferentes profissionais trabalham cada um em sua disciplina, mas com objetivo geral semelhante, buscando a coesão, a complementação e o enriquecimento do tratamento. Cabe à fonoaudióloga utilizar o cavalo como um recurso terapêutico, aplicando seus conhecimentos para desenvolver uma variedade de benefícios físicos, mentais, sociais, educacionais e comportamentais.

Autora: Fga: Tatiana Lermontov
CRFa 8331-RJ
Email: tlermontov@urbi.com.br

terça-feira, 1 de junho de 2010

PISO SALARIAL

A fonoaudiologia é uma profissão que ainda não conta com um piso salarial definido em lei, que resulta numa depreciação de toda nossa categoria, com propostas de trabalho com baixa remuneração, além do desistímulo e esvaziamento da carreira.

Entretanto está em tramitação na Câmara do Deputados, o Projeto de Lei 5394/2009 que prevê a fixação do piso em R$ 4.650,00, de autoria do deputado Mauro Nazif, do PSB/RO.

Essas informações NÃO TÊM QUALQUER CONOTAÇÃO PARTIDÁRIA, mas, servem para que nós, profissionais de Fonoaudiologia, possamos nos unir e lutar ordenadamente para que o projeto possa ser o mais rapidamente aprovado, pois seria uma grande conquista para toda nossa categoria.
Conto com vocês para que possamos definitivamente ser reconhecidos como profissionais que merecem mais respeito e remunerção digna!

Para isso precisamos mandar e-mail e ligar para os Senhores Deputados Federais, pressionando- os para que o PL 5394/2009 seja aprovado o mais rapidamente possível.

E como podemos fazer isso?

PRIMEIRO, por TELEFONE:
Vamos lá, pois é super rápido (uns 2 minutos da sua vida e você não pagará nada, pois a ligação é gratuita)
A forma que eu vou explicar agora pode ser realizada através de qualquer telefone FIXO, através Disque Câmara.
a) Ligue para 0800 619 619 (apenas de telefones fixos)
b) Ao ser atendido, selecione a opção "1" - opinar sobre projetos de lei
c) Em seguida, seleciona a opção "2" - outros projetos
d) Ao ser atendido, diga que você quer opinar sobre o Projeto de Lei 5394/2009, que trata sobre o piso salarial dos fonoaudiologos.
e) Agora o mais importante. Ao ser perguntado se você é favorável ou não ao projeto, DIGA SIIIIIIIIIIIIIIIIII IM!!!!!
O seu voto será automaticamente enviado a TODOS OS DEPUTADOS e agilizará a tramitação.

SEGUNDO, por E-MAIL:
A segunda forma que eu vou explicar agora é por E-MAIL, mas também é bem rápida e através do autor da proposta, o Deputado MAURO NAZIF.
a) Entre na página do deputado

http://www.camara. gov.br/ internet/deput ado/Dep_Detalhe. asp?id=527629

b) Cliquem em FALE COM O DEPUTADO

c) Escreva que você é favorável ao projeto (não esqueça de mencionar o número do Projeto de Lei 5394/2009 OU mencione que é sobre o piso salarial da fonoaudiologia e que você pertence à COMUNIDADE PISO SALARIAL FONOAUDIOLOGIA do orkut).

Pronto, está feita a segunda parte e agora vamos ver se o PL 5394/2009 anda mais rápido.

Você pode enviar também e-mails para outros Deputados, especialmente para aquele que você votou na última eleição e está lá em Brasília para servir como SEU REPRESENTANTE.

Outra coisa, qualquer cidadão pode ligar ou mandar o e-mail, então quanto mais pessoas ligarem E mandem e-mail, mais rápido podereremos ver aprovada a lei. Então, peça para todos que você conhece fazerem a mesma coisa.

Ficarei aqui torcendo por nós e não esqueçam de conhecer nossa comunidade no orkut "Piso Salarial Fonoaudiologia" .

Visite a Loja do Fono em: http://www.lojadofono.com.br
Fonte: http://fonoaudiologia.ning.com/?xg_source=msg_mes_network

domingo, 2 de maio de 2010

Atrasos de Linguagem na Criança

Um distúrbio de linguagem na criança pequena, em geral é determinado comparando-se o funcionamento de linguagem desta com o da mesma idade com desenvolvimento "normal". Os sinais de um distúrbio de linguagem mudam ao longo do tempo, uma vez que levamos em consideração o crescimento e desenvolvimento das crianças. Quando as habilidades pré-verbais e verbais iniciais não se desenvolvem, há motivos justificados para preocupação. O atraso de linguagem pode muitas vezes ser o primeiro sinal de uma alteração no neurodesenvolvimento.
Algumas crianças apresentam perturbação no desenvolvimento da linguagem que não pode ser explicado por déficits de percepção sensorial, capacidades intelectuais ou funcionamento motor ou sócio-econômico. Essas crianças podem ser diagnosticadas como distúrbio específico de linguagem ou outros quadros afins. Suas dificuldades surgem à medida que elas se desenvolvem, e os pais começam a perceber problemas no desenvolvimento lingüístico por volta dos dois anos de idade. Neste momento, a maioria das crianças de desenvolvimento normal está acrescentando vocabulário novo ao seu repertório de palavras e é comunicadora entusiástica. As crianças com distúrbio de linguagem utilizam vocabulário mais restrito e apresentam problemas em comunicar desejos e necessidades. (Boone, 1994)
Essas crianças devem ser encaminhadas à avaliação fonoaudiológica, para definição das categorias lingüísticas em déficit, orientação familiar e possíveis encaminhamentos para otorrinolaringologista, neurologista, psicólogo ou outros profissionais que se façam necessários.
Segundo Capovilla (1997), atraso de linguagem é o problema de desenvolvimento mais comum em pré-escolares e pode se correlacionar com distúrbios posteriores de aprendizagem. Entre outras provas, é identificada via avaliação do número de palavras faladas e compreendidas, já que aos 2 anos o vocabulário expressivo mínimo é de 50 palavras com combinações de 2-3 palavras. Metade das crianças com atraso de fala aos 24-30 meses podem apresentar atraso severo entre 3-4 anos.
Os atrasos de linguagem podem acarretar dificuldades em toda a vida do sujeito, pois a aquisição de linguagem acontece como uma continuidade durante todo o desenvolvimento.
O amplo quadro que envolve a esfera da linguagem pode ser sucintamente discutido da seguinte forma:
- Desenvolvimento lexical é um contínuo na vida do sujeito, Adquirimos o vocabulário durante toda a nossa vida, pelo menos enquanto estivermos ativos; ouvindo, falando e interagindo com o meio.
- Desenvolvimento fonológico adquirido na infância acontece por etapas; os primeiros sons são guturais, depois os bilabiais, velares etc. Podemos dizer que a aquisição completa da fonologia se dá na maioria das crianças por volta de 5 a 6 anos, no mais tardar.
- A morfossintaxe, que começa por volta dos 18 meses com uma gramática rudimentar e vai aprimorando ao longo dos anos, até que seu uso se torna automático, isso por volta dos 5 anos de idade. A partir daí o indivíduo usa as regras da sintaxe e da morfologia, sem necessidade de recursos de memória e, dependendo do nível cultural de aprendizagem, sem grandes erros na construção gramatical. (Jakubovicz, 1997)
O desempenho comunicativo ocorre com a integração de todas essas áreas e variações da normalidade são esperadas, uma vez que os aspectos individuais e do ambiente lingüístico são considerados na análise dos dados da avaliação.
É importante não deixar de considerar o fato de uma considerável variação individual nos padrões do crescimento do vocabulário inicial, nem todas as crianças apresentam uma explosão de vocabulário.
As crianças continuam a aprender uma quantidade enorme de novas palavras durante muitos anos, ao passo que aprender que opções encontram-se disponíveis em uma língua também leva bastante tempo. O léxico não é simplesmente uma lista de palavras, engloba um vasto número de expressões idiomáticas - sintagmas e construções cujos significados não são necessariamente depreendidos a partir de suas partes, e inclui uma grande quantidade de usos figurados. Assim, constituem um componente importante da aquisição lexical. Estudos da aquisição lexical inicial revelaram bastante sobre como as crianças começam a adquirir um léxico. Mas, até agora, sabemos relativamente pouco sobre como as crianças constroem seus primeiros insights à medida que vão acrescentando milhares de novas palavras e expressões idiomáticas com o passar dos anos.(Fletcher e MacWhinney, 1997)

Autora: Karina Tamarozzi de Oliveira




sábado, 13 de março de 2010

Como minimizar o problema da deficiência auditiva?

Os progressos tecnológicos dos últimos tempos têm sido pontos bastante rentáveis para as pessoas que apresentam falhas auditivas.

Porém, quanto mais cedo se iniciar o tratamento para estes indivíduos, também melhor serão os resultados, uma vez que quanto mais cedo se iniciar a estimulação do cérebro, melhor será o seu desenvolvimento.

Para minimizar o problema da deficiência auditiva, as pessoas podem recorrer a dois métodos:

• método oralista

• método gestualista

Ou ainda…

•Prótese auditivas

• Equipamentos autónomos de amplificação por frequência modulada

Método Oralista e Método Gestualista

Existem dois métodos fundamentais para melhorar um tratamento na pessoa deficiente auditiva:

• O método oralista, que somente se baseia na aquisição de linguagem oral, sem intervenção de gestos estruturados.

• O método gestualista que, para além de um ensino de linguagem oral, ainda apresenta um sistema estruturado de gestos. Este último baseia-se na defesa da linguagem gestual.

Próteses auditivas e outros equipamentos

Ainda que, por muito cedo a pessoa portadora de deficiência auditiva comece a usar próteses auditivas, estas vão intervir com o seu auto-reconhecimento, com a sua imagem pessoal, afastando-a simbolicamente da comunidade surda, ainda que a língua gestual possa ser a sua língua materna. As próteses auditivas, por serem aparelhos visíveis e facilmente detectáveis à observação directa, farão com que o indivíduo tenha de se adaptar a esta nova realidade, para assim se integrar de uma melhor forma na sociedade.

Contudo, nem sempre isto é conseguido, uma vez que a maior parte das pessoas rejeitam estes aparelhos.

As próteses auditivas são aparelhos que servem para ampliar o som. Contudo, é através do uso e do treino auditivo especializado que se vão conseguindo alcançar alguns resultados.

Toda esta tecnologia que tem vindo a ser falada ao longo dos tempos, tem, gradualmente, vindo a ajudar as pessoas deficientes auditivas, permitindo-nos também dispor de alguns aparelhos de amplificação de sons são bastante úteis.

Existem ainda os equipamentos autónomos de amplificação por frequência modulada, que transmitem o sinal sonoro mediante ondas de alta-frequência.

Estes equipamentos evitam interferências, reduzem o ruído ambiente e eliminam o problema de distância entre interlocutores.

Para o treino da terapia da fala existem amplificadores de bandas de frequência mais especializados, que possuem filtros de frequência que deixam passar somente as frequências que a terapeuta quer trabalhar no momento. Ainda para os surdos mais profundos, pode aplicar-se a tecnologia de tratamento electrónico de sons, traduzindo-os em vibrações, que se percebem pelo tacto.

A nível informático é onde se denotam as principais evoluções para o desenvolvimento da aprendizagem de um surdo. Os computadores estão suficientemente preparados e avançados, de tal forma que estes possuem uma grande capacidade de motivação para os alunos. A comunicação é bidireccional e cada computador pode adaptar-se ao ritmo de trabalho de cada aluno. A correcção dos exercícios é imediata e possui ainda um grande poder de simulação de fenómenos físicos.

O diagnóstico que inicialmente se faz à pessoa deficiente auditiva vai depender muito de alguns factores, tais como: o grau de surdez, o momento em que aparece e em que é detectada a deficiência e até mesmo do próprio indivíduo.

Em alguns casos, o grau de surdez é tão profundo que temos que recorrer a implantes cocleares, com resultados muito prometedores. Os implantes cocleares são aparelhos auditivos com um componente interno introduzido no ouvido interno (através de uma operação) e de um outro, externo, semelhante a uma prótese auricular, ligada a um processador. A colocação desta prótese faz-se através de uma intervenção cirúrgica.

O resultado deste implante é positivo, visto a qualidade do tom de voz melhorar, a fala torna-se mais rítmica, há uma melhor habilidade de produzir fonemas e uma melhor frequência das verbalizações. As pessoas apresentam, ainda, melhor atenção e concentração, mais interesse a falar, fazem menos barulho em casa e conseguem identificar sons ambientais.

Ao contrário do que é pensado por muitas pessoas, nunca se deve falar alto na presença destas pessoas, pois de nada vai adiantar. O docente deverá falar pausada e distintamente, para que o indivíduo compreenda o que está a ser dito. Não nos devemos esquecer que estas pessoas utilizam muitas vezes a leitura labial. Portanto, enquanto está a falar, deverá posicionar-se sempre à sua frente.


Fonte: http://deficiencia.no.comunidades.net/index.php?pagina=1400768552

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sábado, 6 de março de 2010

Epiglotite: doença súbita e fatal

A epiglotite ou supraglotite é uma infecção grave da epiglote, quase sempre é causada pela bactéria Hemophilus influenzae tipo b, e agrava-se rapidamente causando obstrução respiratória e morte em algumas horas.




A forma mais eficiente de prevenir esta doença é a vacinação infantil, e a primeira dose de uma série, da vacina contra o Hemophilus influenzae tipo b é geralmente administrada aos bebês com dois meses de idade.

A epiglotite é mais comum em crianças com 2 a 5 anos de idade, mas pode afetar pessoas de qualquer idade, inclusive adultos. A infecção geralmente começa de repente e evolui rapidamente.

A infecção geralmente inicia no trato respiratório superior como uma inflamação do nariz ou da garganta, e alcança a epiglote, que é a estrutura que fecha a entrada da laringe e da traquéia durante a deglutição. O inchaço da epiglote pode obstruir as vias aéreas e impedir a respiração, tornando a doença fatal em poucas horas.

Sintomas

São referências comuns a dor de garganta, rouquidão e, freqüentemente, uma febre alta. A dificuldade de deglutição e respiratória além da dificuldade em deglutir faz com que a criança babe.

A dificuldade respiratória freqüentemente leva o paciente a inclinar-se para frente, ao mesmo tempo em que ela estende o pescoço para trás, em uma tentativa de aumentar a quantidade de ar que inala.

A pneumonia pode acompanhar a epiglotite mas o inchaço da epiglote não permite expectoração do muco.

A infecção pode espalhar com facilidade para as articulações, meninges, pericárdio ou/e o tecido subcutâneo.

Tratamento
O tratamento é feito com antibióticos.


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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Paralisia das cordas vocais

Causas

As cordas vocais movem-se graças à acção dos músculos laríngeos, controlados pelo sistema nervoso. Os impulsos que regem os seus movimentos são gerados no córtex cerebral, passando posteriormente para o bulbo raquidiano, onde se encontra o núcleo de origem do nervo vago ou X par craniano. Este nervo, para além de controlar a mobilidade de inúmeros órgãos internos, emite ramificações específicas que inervam os músculos da laringe: o nervo laríngeo superior, que rege a mobilidade do músculo cricotiróideo, e o nervo laríngeo inferior ou nervo recorrente, que faz o mesmo com o resto da musculatura que acciona as cordas vocais. A paralisia das cordas vocais pode ser provocada por um problema em qualquer ponto deste circuito. De qualquer forma, só em casos excepcionais é que se trata de uma patologia do sistema nervoso central, embora possa ser originada por traumatismos, tumores e acidentes vasculares cerebrais ou corresponder a apenas mais uma manifestação de doenças neurológicas difusas. Contudo, o mais frequente é ser provocada por uma alteração que interrompe a transmissão dos estímulos no nervo vago ou de algum dos nervos laríngeos, podendo tratar-se de uma alteração difusa que afecta estes nervos entre outros, no decurso de um processo inflamatório (neurite) originado por uma infecção, normalmente viral, ou como consequência de uma intoxicação (chumbo, arsénico). Na maioria dos casos, trata-se de uma compressão ou lesão em algum ponto do seu percurso. De qualquer forma, os nervos que regulam os movimentos das cordas vocais podem ser comprimidos perante o desenvolvimento de tumores situados no pescoço ou no tórax (cancro broncopulmonar, do esófago, da tiróide) ou por lesões resultantes de traumatismos cranianos ou vertebrais. De facto, existem inúmeras patologias desta zona que podem provocar a paralisia de uma corda vocal ou de ambas, em casos mais raros, existindo situações em que um dos nervos é acidentalmente danificado durante uma intervenção cirúrgica - por exemplo, na extracção da tiróide no decurso do tratamento de um cancro desta glândula.

Manifestações

A paralisia unilateral costuma manifestar-se através de uma alteração característica na emissão dos sons denominada voz bitonal, em que cada corda vocal vibra com uma tensão distinta. Embora seja praticamente impossível falar alto, não costuma provocar grandes problemas respiratórios, pois a corda vocal saudável mantém-se activa e a passagem de ar nunca fica completamente obstruída.

Em caso de paralisia bilateral, a situação é diferente, tanto no que diz respeito à fonação como à respiração. Por um lado, a voz tem uma intensidade muito limitada, apesar de manter uma boa qualidade. Por outro lado, como as cordas vocais paralisadas não conseguem dobrar-se até às paredes da laringe, a abertura da glote não é total, podendo permanecer fechada, com graves repercussões para a respiração. Quando a fenda entre ambas as cordas vocais fica semiaberta, permitindo a passagem de alguma quantidade de ar, provoca uma dificuldade respiratória de intensidade variável, acompanhada por um ruído rude em cada respiração. Mas, quando a glote fica praticamente fechada, origina uma insuficiência respiratória de máxima gravidade que necessita de um tratamento de urgência.

Tratamento

A terapêutica baseia-se, sobretudo, em eliminar a causa, quer seja através da administração de anti-inflamatórios, para tratar a inflamação de um nervo, ou mediante o recurso à cirurgia, para libertá-lo no caso de se encontrar comprimido por um tumor. No entanto, isto nem sempre é possível devido ao desconhecimento da causa da paralisia ou por esta se dever a uma lesão irreversível de um nervo laríngeo. Nestes casos, só é possível empreender as medidas mais adequadas para corrigir as alterações da fonação ou solucionar os problemas respiratórios.

Na paralisia unilateral, na maioria dos casos de evolução espontânea favorável, pode ser útil o paciente praticar exercícios de terapia da fala para fortalecer a corda vocal ilesa e, assim, alcançar uma melhoria da voz. Quando o problema se prolongar ou for irreversível, pode-se recorrer à cirurgia, procedendo-se, por exemplo, ao implante de material sintético do tipo teflon na corda vocal afectada.

Na paralisia de ambas as cordas vocais, o tratamento visa solucionar a consequente insuficiência respiratória, por vezes tão grave que coloca em perigo a vida do paciente. Neste caso, o médico pode ver-se obrigado a efectuar uma traqueostomia, ou seja, uma abertura da traqueia, mediante uma incisão no pescoço, de modo a introduzir uma cânula que permita o acesso do ar aos pulmões.

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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Canto-Coral

O canto coral proporciona a convivência entre os integrantes e traz muitos benefícios para a saúde. Através dos exercícios vocais, muitas pessoas conseguem diminuir ou até mesmo abandonar o uso do fumo e do álcool. Atualmente, empresas públicas e privadas têm considerado esses e outros pontos positivos do canto coral, incentivando a formação de grandes grupos. No coral, todo o trabalho é comunitário. Não existem estrelas ou cargos, e sim, vozes que se complementam. Basta fazer uma verificação vocal e participar da rotina de ensaios, No Brasil, a entidade máxima do canto coral é a Confederação Brasileira de Coros, que tem como vice-presidente para a região nordeste o maestro Antonio Sérgio Teles das Chagas, que dirige o Grupo Vocal Vivace, em Aracaj u, e os corais da Petrobrás, entre outros, tendo participado de inúmeros festivais e encontros por todo o Brasil e no exterior. Com sua experiência, ele conta um pouco da história do canto coral no país e destaca os principais aspectos dessa atividade.

No Brasil Colonial

O canto coral surgiu no Brasil ainda no período colonial, sob influência da corte européia. Na época, os cânticos para as missas nas igrejas já eram inspirados em músicas elaboradas para grupos vocais das congregações existentes. A partir de então, todo o desenvolvimento artístico foi acontecendo de acordo com os movimentos na Europa. O primeiro estilo musical no Brasil foi denominado barroco “tardio”, pois o movimento barroco já havia praticamente terminado no continente europeu. “O canto coral ganhou destaque nacional através do maestro Villa Lobos e seus concertos ao ar livre com grandes corais escolares. O maestro foi o responsável pela inclusão do canto orfeônico no currículo escolar. As aulas de canto duraram até a década de 70, quando reformas educacionais criaram a disciplina educação art ística, ampliando o ensino para outras artes”, conta Antônio Sérgio

Um benefício para a saúde


Em corais, não existem destaques individuais. Todo o trabalho é feito em conjunto. Ao ingressar em um grupo, o primeiro passo é fazer a verificação vocal. Entre as mulheres, as classificações básicas são Sopranos, para as vozes agudas, e Contraltos, para as vozes graves. Entre os homens, as classificações são Tenores, para as vozes agudas, e Baixos, para as vozes graves. De acordo com o timbre de cada pessoa, há ainda as classificações intermediárias, que são a Mezzo-soprano, para as vozes femininas, e os Barítonos, para as vozes masculinas. “O horizonte do canto coral é vasto. A partir da classificação de cada integrante, há grupos especializados somente no estilo renascentista francês, somente em clássico/lírico ou somente em MPB. O que importa não é a qualidade da música, mas a forma como c ada uma é executada”, afirma o maestro. Para Antônio Sérgio, além do aprendizado musical, o canto coral proporciona diversos benefícios para a saúde. A educação vocal ensina principalmente a controlar a respiração, o que é essencial para manter uma boa circulação sangüínea e, assim, aumentar a resistência física. Um resultado importante do trabalho respiratório é o abandono parcial ou total do fumo e do álcool pelos integrantes, já que ambos prejudicam os pulmões e os reflexos auditivos e visuais. A coordenação correta das cordas vocais permite ainda manter saudáveis a laringe e a faringe. “O coral é sinônimo de democracia: todos se ajudam. É um trabalho comunitário que traz benefícios para os integrantes, para as empresas que os organizam e para a saúde de cada um”, conclui.


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sábado, 23 de janeiro de 2010

Entrevista: Distúrbios da deglutição na infância

Nesta entrevista o Dr. Leonardo da Silva, doutor em otorrinolaringologia pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e responsável pelo setor de disfagia infantil do Hospital Central da Santa Casa de São Paulo discute a abordagem da criança disfágica sob a visão do médico e comenta a importância do otorrinolaringologista estar cada vez mais familiarizado com o tema.
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1- O que diferencia a disfagia infantil da disfagia do adulto? Dr. Leonardo: É muito interessante sua pergunta. Recentemente me deparei com um livro que comentava a história da infância, ou seja, a evolução do conceito da infância ao longo da evolução da sociedade moderna. Fiquei espantado em saber que até a idade média não se tinha o conceito de infância. Imagine só que as crianças até aquela época eram tratadas como adultos pequenos em todos os aspectos do dia a dia, desde vestimenta, alimentação, divisão do trabalho e até mesmo às práticas sexuais. Não havia divisão alguma. A partir do renascimento o conceito de infância aflorou e felizmente solidificou-se com o passar dos anos. A medicina seguiu caminho parecido e cada vez mais os conhecimentos de anatomia e de fisiologia do desenvolvimento vêem trazendo luz às práticas diagnósticas e terapêuticas nas mais variadas especialidades. O estudo dos distúrbios de deglutição nas crianças tem características próprias e muito específicas uma vez que deve respeitar as fases e a velocidade de evolução de cada criança em relação à capacidade de aceitar tipos específicos da dieta.
2- Quais as causas de disfagia na infância? Dr. Leonardo: De uma forma didática podemos dividi-las em mecânicas e funcionais e cada uma pode ser subdividida em congênita ou adquirida. No primeiro grupo estão, por exemplo, algumas malformações como estenose ou atresia de esôfago, fissuras labiopalatais, linfangiomas ou mesmo hemangiomas do trato aerodigestivo alto. No segundo grupo estão as alterações neurais decorrentes, por exemplo, de anoxia perinatal que em nosso serviço correspondem ao maior número de atendimentos.
3- Como deve ser a abordagem da criança com disfagia? Dr. Leonardo: Em primeiro lugar o ideal é que a avaliação destas crianças seja feita por equipe multidisciplinar contando com pediatras (pneumo, neuro, gastro), cirurgião infantil, endoscopista, fisiatra, ortopedista, fonoaudióloga e nutricionista. Em geral todas as especialidades já existem nos hospitais de atendimento terciário e muitas vezes falta apenas uma conexão maior entre elas sob a visão da disfagia. Quando iniciamos há cerca de três anos o atendimento da disfagia infantil em um ambulatório à parte do ambulatório de laringologia, procuramos "centralizar" todos os pacientes sob supervisão do mesmo grupo. Procuramos em cada equipe de especialidade pessoas interessadas em participar do processo de avaliação e terapia destas crianças e observamos que havia uma carência para este tipo de atendimento.

4- A partir de onde as crianças são encaminhadas para o grupo de disfagia? Dr. Leonardo: É muito variável. No início da formação da equipe nós percorríamos o Hospital procurando estes pacientes porque não havia uma "cultura" de encaminhá-los para um setor específico. Instituímos a regra de que todo paciente com via alternativa de alimentação e/ou traqueostomia deveria ser avaliado pelo grupo de disfagia infantil. Atualmente os pacientes são encaminhados espontaneamente quando há suspeita clínica de alteração de deglutição. Recebemos crianças da neuropediatria, pneumopediatria, gastropediatria e assim por diante. Estas crianças são provenientes do Hospital Central da Santa Casa ou mesmo de outros serviços que não dispõem do atendimento.
5- Como é feita a avaliação dessas crianças? Dr. Leonardo: Inicialmente preenchemos um protocolo de avaliação clínica onde o objetivo é a avaliação clínica inicial e conhecimento do status nutricional da criança. Isso é muito importante, pois há casos extremamente graves nos quais os pacientes apresentam aspiração crônica de saliva e/ou alimentos com comprometimento acentuado da parte respiratória baixa ou mesmo desnutrição severa. A seguir realiza-se a nasofibroscopia com oferta de alimentos onde testamos a sensibilidade e a eficiência das diversas estruturas envolvidas nas diferentes fases da deglutição. Em seguida, os pacientes são encaminhados para o videodeglutograma que em conjunto com as avaliações anteriores nos traz uma enorme confiabilidade no diagnóstico e proposta terapêutica.
6- Como é a relação com a família nos pacientes com distúrbios de deglutição mais graves? Dr. Leonardo: É muito difícil o manejo de uma criança que quer comer e não pode. Até que a família entenda os riscos envolvidos no processo da alimentação nas crianças de risco como, por exemplo, os neuropatas leva algum tempo. Não é raro que a mãe resista à indicação de alimentação por via alternativa como gastrostomia. Em muitos desses casos o único contato que estabelece a relação entre mãe e o filho é a alimentação. Tirar isso da família em geral é um tanto traumático. No entanto, eu percebo que quando a família vê que a equipe está realmente envolvida e preocupada com seu filho e busca a melhor solução, as resistências vão diminuindo. É muito importante salientar para os pais que o desenvolvimento da criança depende de uma boa oferta nutricional e que em algumas situações essa oferta não pode nem deve ser feita por via oral. Quando é possível permitimos a via oral apenas para oferta de sabor e prazer sendo o aporte calórico-proteíco feito por sonda ou gastrostomia.
7- O Sr. acha que os otorrinolaringologistas estão preparados para lidar com a disfagia? Dr. Leonardo: Eu vejo que durante muito tempo relegou-se o processo de avaliação e condução destes pacientes para outras especialidades, entretanto eu tenho notado ultimamente um resgate dessa condição. Em muitos Congressos nacionais já temos visto que a disfagia vem sendo tema cada vez mais presente e com espaço cada vez maior. Provavelmente é uma tendência que deve se sedimentar pois a avaliação da via aerodigestiva alta é parte do dia a dia da especialidade.
Fonte: http://www.actaorl.com.br/detalhe_artigo.asp?id=187

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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Dislalia Infantil



É o transtorno de linguagem mais comum em crianças e o mais fácil de se identificar. A dislalia é um distúrbio da fala que se caracteriza pela dificuldade de articulação de palavras: o portador da dislalia pronuncia determinadas palavras de maneira errada, omitindo, trocando, transpondo, distorcendo ou acrescentando fonemas ou sílabas a elas.

Quando se encontra um paciente dislálico, deve-se examinar os órgãos da fala e da audição a fim de se detectar se a causa da dislalia é orgânica (mais rara de acontecer, decorrente de má-formação ou alteração dos órgãos da fala e audição), neurológica ou funcional (quando não se encontra qualquer alteração física a que possa ser atribuída à dislalia).

A dislalia também pode interferir no aprendizado da escrita tal como ocorre com a fala.

A maioria dos casos de dislalia ocorre na primeira infância, quando a criança está aprendendo a falar. As principais causas, nestes casos, decorrem de fatores emocionais, como, por exemplo, ciúme de um irmão mais novo que nasceu, separação dos pais ou convivência com pessoas que apresentam esse problema (babás ou responsáveis, por exemplo, que dizem “pobrema”, “Framengo”, etc.), e a criança acaba assimilando essa deficiência.

É o transtorno de linguagem mais comum em meninos, e o mais conhecido e mais fácil de se identificar. Pode apresentar-se entre os 3 e os 5 anos, com alterações na articulação dos fonemas. O diagnóstico de um menino com dislalia, revela-se quando se nota que é incapaz de pronunciar corretamente os sons vistos como normais segundo sua idade e desenvolvimento. Uma criança com dislalia, pode substituir uma letra por outra, ou não pronunciar consoantes.

Quando o bebê começa a falar, o fará emitindo os sons mais simples, como o m ou o p. Não é para menos que o dizer mamãe ou papai não terá que fazer muito esforço, desde quando receba estimulação. A partir daí, o bebê começará a pronunciar sons cada vez mais difíceis, o que exigirá mais esforço dos músculos e órgãos ligados à fala. É muito normal que as primeiras falsa do bebê, entre o 8º e o 18º mês de idade, apresentem erros de pronúncia. O bebê dirá aua, quando pedir água, ou peta, quando quiser chupeta. Os bebês simplificarão os sons para que facilitarem a pronúncia. No entanto, à medida que o bebê adquira mais habilidades na articulação, sua pronúncia será mais clara. Enquanto esse processo não se realiza, pode-se falar de dislalias.

Quando a dislalia começa
Quando uma criança menor de 4 anos apresenta erros na pronúncia, é considerado como normal, uma etapa no desenvolvimento da linguagem infantil. Nessa etapa, não se aplica tratamentos, já que sua fala está em fase de maturação. No entanto, se os erros na fala se mantém depois dos 4 anos, deve-se consultar um especialista em audição e linguagem, um fonoaudiólogo, por exemplo.

Tipos de dislalia
A dislalia é muito variada. Existem dislalias orgânicas, audiógenas, ou funcionais.

A dislalia funcional é a mais frequente e se caracteriza incorretamente o ponto e modo de articulação do fonema.

A dislalia orgânica faz com que a criança tenha dificuldades para articular determinados fonemas por problemas orgânicos. Quando apresentam alterações nos neurônios cerebrais, ou alguma má formação ou anomalias nos órgãos da fala.

A dislalia audiógena se caracteriza por dificuldades por problemas auditivos. A criança se sente incapaz de pronunciar corretamente os fonemas porque não ouvem bem. Em alguns casos, é necessário que as crianças utilizem próteses.

Uma recomendação fundamental para impedir o desenvolvimento da dislalia é para que os pais e familiares do dislálico não fiquem achando engraçadinho quando a criança pronuncia palavras de maneira errada, como “Tota-Tola”, ao invés de “Coca-Cola”.


Fontes consultadas:

- Guiadepsicologia.com
- Delogopedia.com
- Mikinder.blogspot.com
- simonboasfalas.com.br


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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Eletromiografia


Como é realizado o exame: Introduz-se uma agulha com um eletrodo através da pele até o músculo. A atividade elétrica detectada pelo eletrodo é exibida em um osciloscópio (e pode ser ouvida por meio de um alto-falante). Como os músculos esqueléticos são unidades isoladas e geralmente de tamanho grande, cada eletrodo fornece somente uma análise média da atividade do músculo selecionado. Pode ser necessário colocar vários eletrodos em diferentes locais para se obter uma avaliação precisa.

Após a colocação do(s) eletrodo(s), poderá ser solicitado que se contraia o músculo (dobrando o braço, por exemplo). A presença, tamanho e formato da forma de onda produzida no osciloscópio (o potencial de ação) fornecem informações sobre a habilidade que o músculo possui de responder ao estímulo nervoso. Cada fibra muscular que se contrai produzirá um potencial de ação, e o tamanho da fibra muscular afeta a taxa (qual a freqüência do potencial de ação) e o tamanho (amplitude) do potencial (ou dos potenciais) de ação.

O exame de velocidade de condução nervosa muitas vezes é realizado ao mesmo tempo que o EMG.




Como se preparar para o exame:



Adultos:
Não é necessária nenhuma preparação especial.

Bebês e crianças:
A preparação física e psicológica para este ou qualquer outro exame depende da idade da criança, seus interesses, experiência anterior e nível de confiança. Para obter informações específicas sobre como preparar a criança, consulte os tópicos abaixo, obedecendo aos critérios de idade correspondentes:

preparação de bebês para o exame ou procedimento (abaixo de 1 ano de idade)
preparação de crianças aprendendo a andar para o exame ou procedimento (1 a 3 anos)
preparação de crianças em idade pré-escolar para o exame ou procedimento (3 a 6 anos)
preparação de crianças em idade escolar para o exame ou procedimento (6 a 12 anos)
preparação de adolescentes para o exame ou procedimento (12 a 18 anos)
O que se sente durante o exame:
Pode haver um pouco de desconforto durante a colocação dos eletrodos (semelhante a uma injeção intramuscular). Após o exame, o músculo analisado pode ficar sensível ou contundido por alguns dias.

Motivos pelos quais o exame é realizado:
A EMG é utilizada com mais freqüência quando as pessoas apresentam sintomas de fraqueza e quando a avaliação mostra deterioração da força do músculo. Ele pode auxiliar na diferenciação entre as principais condições do músculo e a fraqueza muscular causada por distúrbios neurológicos. O EMG pode ser utilizado para diferenciar entre uma fraqueza real e o uso reduzido por causa de uma dor ou por falta de motivação.


Fonte: http://www.adam.sertaoggi.com.br/

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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Força total - O seu Mundo está de volta!


TRATAMENTO FONOAUDIOLÓGICO PRECOCE NAS FISSURAS LÁBIOS PALATINAS



O bebê portador de fissuras labiopalatina apresenta uma variedade de problemas que requerem a atuação de diversos profissionais. Além das cirurgias que devem ser submetidos, podem vir a apresentar problemas de fala, audição, dentários, ortodônticos, cosméticos e emocionais. Assim a família deve ser informada quanto a esses problemas e deve ser orientada a como lidar com eles, por isso é importante realizar um trabalho precoce. Hoje, nos permite ver, através de avanços ultrassonográficos, um feto fissurado ainda na vida ultra-uterina, em idade gestacional, a partir das 22 semanas.
Por muitos anos o tratamento fonoaudiológico para crianças fissuradas labiopalatinas foi dirigido apenas à reabilitação. Hoje, tem-se enfatizado a importância do tratamento precoce, desde a conscientização aos pais, com a chegada do bebê fissurado, com a amamentação, até o ato cirúrgico, dando continuidade no pós-cirúrgico.
O primeiro contato com os familiares é de suma importância, pois o nascimento de um bebê com alterações físicas, desestrutura o equilíbrio familiar de forma severa.
O tratamento fonoaudiológico precoce é dividido em seis áreas básicas: alimentação, hábitos, sensibilidade, linguagem e fala, audição, desenvolvimento neuropsicomotor.
Alimentação:A alimentação o ideal é o aleitamento materno, mas diante da dificuldade da criança na alimentação ou da mãe em lidar com a situação, freqüentemente é adotada a mamadeira. O uso de sonda nasogástrica fica restrito a casos especiais. A postura da alimentação deverá ser totalmente vertical, para impedir o refluxo nasal e aspiração broncopulmonar. Se optar por mamadeira, deve-se usar o bico ortodôntico por ter o bulbo mais curto, o que propicia a anteriorização da língua.
Hábitos:O uso de chupeta é indicado a fim de evitar a instalação de lábios nocivos, tais como a sucção digital. A chupeta utilizada é a ortodôntica, para estimular somente a porção anterior da boca, trazendo a língua para uma posição mais anterior, fornecendo inclusive a fortalecimento muscular.
Sensibilidade:O trabalho de sensibilidade com bebês fissurados deve ser desenvolvido durante todo o seu primeiro ano de vida, pois é através dela que se fornecerá meios para obter um controle muscular efetivo. O tratamento fonoaudiológico precoce visa fornecer os estímulos sensoriais da parte anterior da cavidade oral a fim de evitar que movimentos compensatórios se fixem e sejam fortemente engramados centralmente, vindo a influenciar a aquisição de novas funções, tais como a fala.
Linguagem:O desenvolvimento de linguagem nas crianças portadoras de fissuras labiopalatina é similar ao de crianças normais no que concerne aos mecanismos lingüísticos. Entretanto, fatores ambientais, culturais e emocionais podem influir positiva ou negativamente neste desenvolvimento. As hostilizações freqüentes a superproteção ou a falta de estimulação por parte dos familiares são fatores que atuam diretamente na aquisição da linguagem.
Fala:A fala requer uma base de posições estáveis, aprendidas por todos os órgãos fonocuticulatórios; e mais requer coordenação de movimentos entre todos eles. Ela só pode ser produzida por ações motoras polifásicas e seqüenciais intimamente sincronizadas com a respiração. A avaliação precoce de fala é importante uma vez que a presença de determinados padrões articulatórios, a hipernasalidade e as emissões nasais, podem indicar uma inadequado funcionamento do esfíncter velofaríngico. O diagnóstico precoce destas inadequações é extremamente importante para que o tratamento fonoaudiológico seja iniciado o quanto antes para eliminar os movimentos compensatórios presentes e impedir a instalação de novos padrões errôneos.
Audição:Crianças portadoras de fissuras labiopalatinas têm muita tendência a otites de repetição e a conseqüentes problemas, auditivos. Por isso, mês a mês, o especialista deve estar atento a audição desses pacientes. A otite média nas crianças decorrem da exposição da tuba auditiva à entrada de alimentos, traumas ou agentes infecciosos. Estudos recentes, no entanto referem de abertura da tuba auditiva, resultando no seu colapso permanente. Isso deve ao mau funcionamento do músculo tensor do véu palatino, responsável pelo sistema dilatador da tuba auditiva.
Desenvolvimento Neuropsicomotor:Tendo em vista um atendimento mais global da criança portadora de fissuras labiopalatina, é necessário conhecer o desenvolvimento neuropsicomotor normal em seus aspectos principais. Para realização de exames neurológicos é necessário que o fonoaudiólogo tenha em mente aspectos das diferentes etapas do desenvolvimento.
ORIENTAÇÕES PRÉ E PÓS-CIRÚRGICAS DAS FISSURAS LABIOPALATINAS
Orientações das cirurgias os pais devem ser informados sobre: o tipo de procedimento cirúrgico ao qual o seu filho será submetido; ao tempo de procedimento; que reações o bebê pode ter no pós-operatório e que condutas tomar em relação à alimentação e outros cuidados gerais.
O acompanhamento fonoaudiológico não é interrompido durante o período da realização das cirurgias. Os pais são orientados nesse momento a cerca das mudanças que deverão ocorrer nos hábitos alimentares e cuidados gerais com seus filhos
Os cuidados pós-operatórios imediatos envolvem a alimentação, que deve ser reiniciada tão logo a criança esteja acordada da anestesia, mantendo dieta líquida e em temperatura ambiente.
A avaliação fonoaudiológica é realizada 30 dias após a queiloplastia, devendo ser observado o resultado cirúrgico quanto ao aspecto anatomofuncional: mobilidado, tônus muscular, cicatrizes, encurtamentos, entalhes ou aderências. A *mãe é orientada quanto às massagens e exercícios de mobilidade na região da cicatriz do lábio. As massagens tem por finalidade amenizar a hipertrofia da cicatriz, proporcionando mobilidade labial e elas são interrompidas quando a região cicatricial tornar-se mais maleável, sem sinal de hipertrofia, permitindo a mobilidade labial adequada.* mãe = Pode-se também ser o “cuidador”, que é a pessoa que está mais próxima ao paciente, auxiliando o profissional em tarefas simples. Ex.: cuidador: irmão (ã), enfermeiro(a), parentes, pai, etc ..
A avaliação fonoaudiológica pós-palatoplastia é realizada também 30 dias após a cirurgia, observando-se o resultadocirúrgico da reconstrução anatomofuncional do palato mole, palato duro e arcadas alveolares.
O atendimento precoce por uma equipe multidisciplinar é essencial para a perfeita reabilitação do indivíduo portador de fissuralabiopalatina e desta maneira, propicia-se a interação do indivíduo portador de uma fissura labiopalatina o mais precocemente possível ao ambiente social de forma plena e satisfatória.
CLASSIFICAÇÃO DAS FISSURAS LABIOPALATINAS
Na literatura mundial encontramos inúmeras classificações. No Brasil, a mais difundida e utilizada atualmente é a classificação de SPÌNA (1972), tomando-se por base o forame incisivo:
Pré-forame incompleta, unilateral direita ou esquerda ou bilateral;
Pré-forame completa, unilateral direita ou esquerda ou bilateral;
Pós-forame completa;
Pós-forame incompleta;
Transforame, unilateral direita ou esquerda ou bilateral.
Encontramos ainda dentro da classificação das fissuras pós-forame, as fissuras submucosas e submucosas ocultam.
“Se é importante corrigir as características anormais da fala do fissurado palatal em algum tempo nas vidas de nossos paciente, então é ainda mais importante fazer isso antes que as marcas da rejeição ou o sentimento de anormalidade ou diferença sejam formados no desenvolvimento de suas personalidades”.

Fonte: Artigo de: Autora: Eveline Carvalho
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