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sexta-feira, 25 de junho de 2010

AVALIAÇÃO DA DINÂMICA DA DEGLUTIÇÃO E DA DISFAGIA OROFARINGEA 1ª PARTE!

A dinâmica da deglutição, considerada em suas fases oral, faringea e esofágica mereceram estudos e avanços conceituais distintos. A fisiologia do esôfago e suas disfunções, mais rapidamente se aclararam. Morfologia tubular, estrutura e relações anatômicas de menor complexidade e um significativo número de instrumentos capazes de informar sobre sua constituição, fisiologia e disfunções, destacaram o conhecimento do esôfago em relação àqueles necessários a melhor compreensão da dinâmica das fases oral e faríngea da deglutição.
Por certo o quase sempre insuficiente nível de conhecimento sobre a estruturação e inter-relação oral e faringea, deve-se a complexa anatomia destas regiões, a uma fisiologia, em muitos de seus aspectos, ainda obscura, a multiplicidade de interesses pontuais e as dificuldades de analise da dinâmica integrada de suas estruturas.
Recente revisão sobre a disfagia orofaríngea considerou diversas razões para justificar sua complexidade clínica. Entre elas aponta a disfagia orofaríngea como síndrome multidimensional que interpenetra o domínio de muitas profissões e adverte que a total compreensão da fisiologia orofaríngea é pre-requisito para o entendimento das disfunções da deglutição; ressalta ainda que sua avaliação clínica requer especificidade metodológica2.
Tem-se podido observar um mais efetivo conhecimento da fisiologia das fases oral e faríngea e suas disfunções, a partir de um interesse interdisciplinar e de sua avaliação através do método videofluoroscópico. Contudo, a dinâmica da deglutição, em especial no que diz respeito as fases oral e faríngea, constitui-se, ainda, em campo aberto à pesquisa. Os diversos mecanismos que compõem esta dinâmica começam a ser melhor compreendidos, mas ainda permanecem discordâncias conceituais.
A fase oral da deglutição que pode ser submetida ao controle voluntário e sua integração com a fase faríngea, que independe da vontade, tem suas dinâmicas alicerçadas em bases anatômicas, estruturais e de relação, nem sempre adequadas. Assim uma fisiologia também inadequada, tem sido defendida, as vezes, com veemência inocente.
A revisão morfológica das estruturas cérvico-cefálicas, no que diz respeito as suas relações e limites funcionais, deixa ver, em muitos aspectos, a admissão indevida e ou inadequada do papel destas estruturas e de suas relações no embasamento da dinâmica das fases oral e faríngea da deglutição. Com freqüência, conceitos clássicos alicerçam-se em conhecimentos distorcidos perpetuando, como verdades, definições inadequadas que interferem ou podem interferir na melhor compreensão da fisiologia do fenômeno da deglutição, e consequentemente de suas disfunções.
São inúmeros os exemplos que podem ser apontados na exemplificação desta acertiva.
A abertura da boca contra resistência, que é função primária do músculo peterigóideo lateral, tem sido atribuída ao músculo milohióide devido a sua inserção distal no osso hióide1,18,20. Esse osso é móvel e acaba deslocado para cima e em sentido anterior quando da contração do músculo milohióide, que ocorre efetivamente quando da ejeção do conteúdo oral para a faringe, que se dá no final da fase oral da deglutição.
O deslocamento de algumas estruturas tem sido consideradas somente quanto a sua extensão, não se valorizando o tempo de estabilização das estruturas deslocadas. O osso hióide se eleva e se anterioriza, a transição faringo-esofágica se amplia e estes fatos têm que ser considerados não só quanto a amplitude do deslocamento ou abertura mas também quanto ao tempo de manutenção destes deslocamentos, que também são dependentes da intensidade e do número de unidades motoras despolarizadas pela solicitação determinada, em especial, pelo volume e densidade do conteúdo ejetado pela fase oral.
A dinâmica da fase faríngea da deglutição nitidamente iniciada e dependente da distensão da faringe, determinada pela transferência pressórica da cavidade oral para a faringe, é ainda admitida como sendo elicitada por estímulo de receptores isolados em pontos definidos da parede faríngea....

FONTE: Milton Melciades Barbosa Costa

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