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sexta-feira, 8 de junho de 2012

Manifestação contra Ato Médico ganha Brasília

Protesto foi durante a manhã desta quarta-feira e contou com apoio de várias entidades profissionais e de congressitas.

A Esplanada dos Ministérios, em Brasília, foi tomada na manhã desta quarta-feira (30/5) por diversos profissionais da saúde insatisfeitos com os rumos que os parlamentares estão dando ao Projeto de Lei (PL) nº 268/2002.
Além de fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, enfermeiros e farmacêuticos, a manifestação contra o Ato Médico, como é chamado o PL, teve apoio de trabalhadores rurais que reivindicavam seus direitos e de congressistas.
Um dos parlamentares a manifestar apoio à causa foi o deputado federal Ivan Valente (SP). Para ele, a manifestação foi “um ato contra o corporativismo médico em defesa de uma saúde pública multidisciplinar com maior eficácia para todo o atendimento do povo brasileiro”.
A fonoaudióloga Salete Fontanele, conselheira do CREFONO 8, que esteve nas primeiras audiências públicas do Ato Médico desde 2002, acredita que o PL deixa clara a intenção dos médicos de reservar o mercado para eles. A vice-presidente do CREFONO 6, Juliana Lopes, diz que com o Ato Médico a saúde e a população ficam em segundo plano.
A reprovação do PL nº 268/2002 encontra outro empecilho: a força política dos médicos dentro do Congresso. Ainda assim, a fonoaudióloga Jane Kátia Quintanilha, conselheira do CREFONO 5, crê em uma reviravolta. “O lobby dos médicos é forte, mas com união dos profissionais temos como derrubar esse PL do Ato Médico”, afirma.
Nesse sentido, Cristina Biz, integrante do Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa), fez uma observação: “Há dez anos que o Ato Médico está tramitando, e é da regulamentação da medicina que estamos falando. O usuário do sistema de saúde público e privado está entendendo que essa proposta é prejudicial à sociedade, e a nossa força vem desse apoio. A tendência é que o projeto de lei não avance”, afirma.
Estreia
Felipe Rodrigues, estudante de Fonoaudiologia de uma universidade particular de Brasília, participou da sua primeira manifestação pública. Para ele, é importante estar presente em situações como esta porque é seu futuro que está sendo discutido. “Tenho acompanhado em vários meios de comunicação tudo o que sai a respeito do Ato Médico, e, para quem está estudando, esse projeto de lei tira a perspectiva da nossa profissão por causa das limitações que impõe”, opina.
Aveliny Gregio, fonoaudióloga e professora da mesma universidade em que Felipe estuda, diz que incentiva seus alunos a serem engajados politicamente, sejam eles manifestantes presenciais ou mesmo virtuais. “Às vezes as pessoas não têm condições de se deslocar porque estão em outros estados, e as redes sociais têm um papel de destaque por mobilizar outros fonoaudiólogos, estudantes e profissionais de outras áreas a nosso favor”, conta.
A conselheira do CFFa disse que a participação dos manifestantes é importante para impedir um retrocesso "sem precedência" na integralidade da assistência à saúde. "Nós não somos contra a regulamentação da medicina, mas não podemos permitir que isso incida na autonomia das profissões de saúde, e é isso que vai acontecer se esse projeto for aprovado", afirma Cristina Biz.
FONTE: CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA

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