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domingo, 16 de março de 2008

DISFAGIA LUSÓRIA

Por que lusória?
A disfagia lusória foi descrita por Bayford em 1789.[1] Este autor teve a oportunidade de acompanhar um paciente com disfagia, no qual descobriu uma anormalidade da artéria subclávia direita, que nascia da aorta torácica descendente e passava entre a coluna vertebral e o esôfago. Posteriormente, Autenrieth e outros autores estenderam a denominação latina de lusoria a toda disfagia produzida pelas diversas anomalias do arco aórtico. Arkin, em 1933, tendo em conta a multiplicidade dessas variações anatômicas e a inconstância da disfagia, propôs denominar de artéria lusória a qualquer artéria anômala nascida do arco aórtico. A afecção é, por isso, também chamada de disfagia de Bayford-Autenrieth ou doença de Arkin..[2] Lusória provém do latim lusorius, a, um, relativo a jogo, brinquedo, divertimento, termo que se liga ao verbo ludo, ludere,cujo particípio passado é lusus, a, um, e cujo significado é divertir-se, brincar, zombar, iludir, enganar, lograr. Lusus é também substantivo, usado com o sentido de jogo, divertimento, recreação, brinquedo. Foi nesse sentido que Bayford buscou no latim o adjetivo lusoria, querendo significar um divertimento da natureza ao desviar-se do padrão anatômico normal (lusus naturae). Encontra-se a confirmação desta assertiva em mais de uma fonte. Terracol diz textualmente: "Cette dysphagie découverte à l'époque des jeux de la nature devint la dysphagie lusoria".[1] Em Medizinische Terminologie, de Guttmann, lê-se: "Dysphagia lusoria, weil hier ein Lusus naturae vorliegt" (porque aqui existe um jogo da natureza). O mesmo autor traduz a expressão latina Lusus naturae para o alemão, por Naturspiel, e explica que se trata de pequenas variações do normal.[3] No Dizionario dei termini Tecnici di Medicina, de Garnier e Delamare (tradução italiana), encontra-se a seguinte explicação: "Disfagia lusoria ... Bayford, che ha descritto questa disfagia nel 1789, l'attribuiva ad uno scherzo della natura".[4] Conforme o Churchill's Medical Dictionary, "the latin adjective lusoria is derived from lusus, play, sport, referring here to a sport of nature or congenital anomaly".[5] Assim, apesar da semelhança gráfica e sônica, lusória nada tem a ver com ilusória. A disfagia é real e se deve a uma causa mecânica, a uma anomalia congênita. Autor: Joffre M. de Rezende. 2004.
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4 comentários:

Unknown disse...

Bem interessante, porém bem complexo o que você escreveu sobre a disfagia lusória, ainda não tinha ouvido falar neste tipo de classificação em relação aos quadros de disfagia. A comlexidade não é pleo conteúdo, mas sim pela dimensão que se pode observar quando falamos de disfagias. Uma pergunta que não quer calar: "A diafagia lusória, pode ser relamente classificado como um quadro neurogênico ou mecânico?". Podemos abrir uma discussão sobre este tema e levar conhecimentos aos nossos colegas. O que achas?......
Abraços!!!

Fono News disse...

Eis o objetivo do blog!

Vamos pôr uma discussão bem sadia! Está aberto então! Próxima postagem científica colocarei mais assuntos sobre este tema!
Grato pela tua presença!

Unknown disse...

De nada Marcos.......espero que todos possam abservar a importância de discutirmos os assuntos postados aqui. Afinal de contas é muito proveitoso para todos nós....Espero pelas outras postagens!!!

Fono News disse...

Com toda certeza!! Pode esperar a próxima postagem!
Obrigado Juarez pela sua colaboração enriquecedora... isso só nos motiva ainda mais na continuação de um trabalho promovedor de nossa profissão!
Ass. Marcos Abreu!