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domingo, 23 de março de 2008

DISFAGIA LUSÓRIA!! ??????????

Por que lusória?
A disfagia lusória foi descrita por Bayford em 1789.[1] Este autor teve a oportunidade de acompanhar um paciente com disfagia, no qual descobriu uma anormalidade da artéria subclávia direita, que nascia da aorta torácica descendente e passava entre a coluna vertebral e o esôfago. Posteriormente, Autenrieth e outros autores estenderam a denominação latina de lusoria a toda disfagia produzida pelas diversas anomalias do arco aórtico. Arkin, em 1933, tendo em conta a multiplicidade dessas variações anatômicas e a inconstância da disfagia, propôs denominar de artéria lusória a qualquer artéria anômala nascida do arco aórtico. A afecção é, por isso, também chamada de disfagia de Bayford-Autenrieth ou doença de Arkin..[2] Lusória provém do latim lusorius, a, um, relativo a jogo, brinquedo, divertimento, termo que se liga ao verbo ludo, ludere,cujo particípio passado é lusus, a, um, e cujo significado é divertir-se, brincar, zombar, iludir, enganar, lograr. Lusus é também substantivo, usado com o sentido de jogo, divertimento, recreação, brinquedo. Foi nesse sentido que Bayford buscou no latim o adjetivo lusoria, querendo significar um divertimento da natureza ao desviar-se do padrão anatômico normal (lusus naturae). Encontra-se a confirmação desta assertiva em mais de uma fonte. Terracol diz textualmente: "Cette dysphagie découverte à l'époque des jeux de la nature devint la dysphagie lusoria".[1] Em Medizinische Terminologie, de Guttmann, lê-se: "Dysphagia lusoria, weil hier ein Lusus naturae vorliegt" (porque aqui existe um jogo da natureza). O mesmo autor traduz a expressão latina Lusus naturae para o alemão, por Naturspiel, e explica que se trata de pequenas variações do normal.[3] No Dizionario dei termini Tecnici di Medicina, de Garnier e Delamare (tradução italiana), encontra-se a seguinte explicação: "Disfagia lusoria ... Bayford, che ha descritto questa disfagia nel 1789, l'attribuiva ad uno scherzo della natura".[4] Conforme o Churchill's Medical Dictionary, "the latin adjective lusoria is derived from lusus, play, sport, referring here to a sport of nature or congenital anomaly".[5] Assim, apesar da semelhança gráfica e sônica, lusória nada tem a ver com ilusória. A disfagia é real e se deve a uma causa mecânica, a uma anomalia congênita. Autor: Joffre M. de Rezende. 2004.

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2 comentários:

Anônimo disse...

Bem interessante, porém bem complexo o que você escreveu sobre a disfagia lusória, ainda não tinha ouvido falar neste tipo de classificação em relação aos quadros de disfagia. A comlexidade não é pleo conteúdo, mas sim pela dimensão que se pode observar quando falamos de disfagias. Uma pergunta que não quer calar: "A diafagia lusória, pode ser relamente classificado como um quadro neurogênico ou mecânico?". Podemos abrir uma discussão sobre este tema e levar conhecimentos aos nossos colegas. O que achas?......
Abraços!!!

Fono News disse...

Juarez! Boa pergunta! e Boa discussão!
Vejamos a próxima postagem e tiraremos conclusões!... Grato!