Ads 468x60px

.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

VOZ ESOFÁGICA - Função Faringea na ordem Fonética e Introdução aos Exercícios

Consiste na deglutição e a expulsão do ar contido na cavidade vocal. É o reflexo deglutido da faringe. Para fazer uma fonação esofágica o mais acentuada possível, temos que ter presente que uma coisa é a deglutição, e a outra é a explusão. A deglutição, constituí uma função que se inicia em virtude do reflexo desencadeado no seu segundo tempo a nível da faringe; inicia pelo estímulo do bolo alimentício, por contacto mecânico directo, sobre exterminações nervosas sensíveis da faringe. Uma vez iniciado, não se pode parar. No nosso caso, o que se deglute é o ar duma maneira incompleta, a fim de que este fique detido a nível do esófago e logo mediante da contacção dos músculos faringeos expulsalo para o exterior. Se fizer a deglutição completa, o ar passará ao estômago sem algum resultado, e com as consequências deste processo.
Introdução aos Exercícios
O paciente terá que comprimir os músculos faríngeos e o diafragma no começo de uma inspiração voluntária, e a continuação deste processo, deve observar os cinco pontos básicos para iniciação à voz esofágica, estes são:
1 – Tratar de tomar uma inalação normal de ar, pela traqueia
(ostoma).
2 – Depois desta inalação, deverá reter a respiração.

3 – Deverá deglutir o ar da boca, e transformá-lo no esófago,
mediante deglutição.
4 – Imediatamente tratar de comprimir os músculos faríngeos e o
diafragma. Esta contacção, produzirá um som contínuo.
5 – Seguidamente, o paciente se treinará a deglutir e arrotar
contínuo; quando tiver controle do som começará, a modelar
este, pronunciando as letras vogais.
Resumo: Respire fundo pela traqueia (ostoma), e retenha a respiração; tome ar pela boca deglutindo ao esófago, e por último provocar o arroto contraindo os músculos faríngeos e o diafragma. Este som será mais tarde modulado.
Defeiros mais correntes e uma instrução defeituosa
O paciente, deve cuidar por todos os meios ao seu alcance, cumprir todas as instruções expostas, observar bem e repetir os exercícios, até conseguir uma maior exactidão de todo o exposto.
Os defeitos mais correntes, são:
1 – Violenta emissão do ar através da traqueia ao tentar falar.
2 – Movimentos desnecessários dos lábios.
3 – Tendência a retroceder à fala murmurada.
4 – Esforços perspectiveis ao engolir ar.
5 – Movimentos de braços, corpo e cabeça.
Recomenda-se muito paciência, força de vontade e tranquilidade espiritual para conseguir uma maior perfeição da fala, e ao efectuar os exercícios que se expõem a seguir.
NÃO PASSARDE UM EXERCÍCIO A OUTRO, SEM DOMINAR POR COMPLETO O ANTERIOR.
Fonte: Manual da Voz Esofágica

COMENTE AQUI EMBAIXO - ESTE MUNDO É SEU!!

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Esclerose Lateral Amiotrófica e Células-Tronco

Neurologistas do Hospital Hadassah Ein Karem de Jerusalém foram os primeiros no mundo a tratar pacientes acometidos pela esclerose múltipla com células-tronco extraídas de sua medula óssea, reproduzidas em laboratório e injetadas em sua coluna.
Nesse mesmo estudo clínico foram tratados também pacientes que sofrem de Esclerose lateral Amiotrófica - E.L.A. Mesmo em fase ainda experimental, os resultados se mostram, segundo o jornal, animadores e promissores.

Todos os pacientes submetidos à pesquisa tiveram células-tronco injetadas em uma única ocasião e, por enquanto, não foram realizadas as análises dos resultados do grupo controle para contrastar os testes.
O médico á frente da pesquisa é o neurologista Dimitrios Karousis, profissional de destaque que trabalha no Hospital Hadassah há 19 anos. Ele ressaltou que esta pesquisa clínica é “a primeira no mundo com este tipo de células-tronco".
A esclerose lateral amiotrófica é uma doença que compromete a musculatura e causa deficiência motora progressiva.Como o próprio nome indica, essa moléstia se caracteriza pelo endurecimento dos músculos (esclerose), inicialmente num dos lados do corpo (lateral) e atrofia muscular (amiotrófica).

A ELA é uma doença bastante agressiva e não tem cura. Em minha prática profissional tive oportunidade de acompanhar casos dessa doença. Em síntese, o objetivo é a manutenção das funções orais ligadas à fala, voz e deglutição. A Disartria é do tipo mista, já que são afetados os neurônios motores superiores e inferiores. Em alguns anos o paciente perde, dentre outras, a capacidade de movimentação de língua, fato que compromete e muito a fase oral da deglutição, o que gera consequências na fase faríngea da mesma; a disartria agrava-se e, com isso, a implementação de Comunicação Alternativa é fundamental para manter o paciente interagindo com seus familiares.
Células-tronco
“Elas são de diversos tipos e um verdadeiro tesouro, pois podem originar outros tipos de células e promover a cura de diversas doenças. O fato é que a legislação brasileira sobre pesquisas com células-tronco de embriões humanos, já aprovada no Congresso Nacional, permite o uso dessas células para qualquer fim. Mas a lei de Biossegurança aguarda aprovação na Câmara dos Deputados. E muita polêmica ainda pode surgir, já que a Igreja e outros grupos são contra a utilização de células-tronco embrionárias".
Fonte:Tatiana Jorgensen


COMENTE AQUI EMBAIXO - ESTE MUNDO É SEU!!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

EDUCAÇÃO INCLUSIVA!!



A educação inclusiva é um processo em que se amplia a participação de todos os estudantes nos estabelecimentos de ensino regular. Trata-se de uma reestruturação da cultura, da prática e das políticas vivenciadas nas escolas de modo que estas respondam à diversidade de alunos. É uma abordagem humanística, democrática, que percebe o sujeito e suas singularidades, tendo como objetivos o crescimento, a satisfação pessoal e a inserção social de todos.
A Educação Inclusiva atenta a diversidade inerente à espécie humana, busca perceber e atender as necessidades educativas especiais de todos os sujeitos-alunos, em salas de aulas comuns, em um sistema regular de ensino, de forma a promover a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal de todos. Prática pedagógica coletiva, multifacetada, dinâmica e flexível requer mudanças significativas na estrutura e no funcionamento das escolas, na formação humana dos professores e nas relações família-escola. Com força transformadora, a educação inclusiva aponta para uma sociedade inclusiva.
O ensino inclusivo não deve ser confundido com educação especial, a qual se apresenta numa grande variedade de formas incluindo escolas especiais, unidades pequenas e a integração das crianças com apoio especializado. O ensino especial é desde sua origem um sistema separado de educação das crianças com deficiência, fora do ensino regular, baseado na crença de que as necessidades das crianças com deficiência não podem ser supridas nas escolas regulares. Existe ensino especial em todo o mundo seja em escolas de frequência diária, internatos ou pequenas unidades ligadas à escola de ensino regular.

Barreiras ao ensino inclusivo[10]
Atitudes negativas em relação à deficiência
Invisibilidade na comunidade das crianças com deficiência que não freqüentam a escola
Custo
Acesso físico
Dimensão das turmas

Pobreza
Discriminação por gênero
Dependência (alto nível de dependência de algumas crianças com deficiência
dos que as cuidam)

Legislação que regulamenta a Educação Especial no Brasil
Constituição Federal de 1988 - Educação Especial
Lei nº 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBN
Lei nº 9394/96 – LDBN - Educação Especial
Lei nº 8069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente - Educação Especial
Lei nº 8069/90 -
Estatuto da Criança e do Adolescente
Lei nº 8859/94 - Estágio
Lei nº 10.098/94 -
Acessibilidade
Lei nº 10.436/02 -
Libras
Lei nº 7.853/89 - CORDE - Apoio às pessoas portadoras de deficiência
Lei n.º 8.899, de 29 de junho de 1994 - Passe Livre
Lei nº 9424 de 24 de dezembro de 1996 - FUNDEF
Lei nº 10.845, de 5 de março de 2004 - Programa de Complementação ao Atendimento Educacional Especializado às Pessoas Portadoras de Deficiência
Lei nº 10.216 de 4 de junho de 2001 -
Direitos e proteção às pessoas acometidas de transtorno mental
Plano Nacional de Educação - Educação Especial
Fonte:Wikipédia
COMENTE AQUI EMBAIXO - ESTE MUNDO É SEU!!

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

FONOAUDIOLOGIA ESPECIALIZADA EM TRAUMAS DE FACE

Ministrantes:*Dr Jorge Diaz (CRO 2335 PB1)Coordenador da Cirurgia Buco Maxilo Facial do Hospital de Traumas Se.Humberto LucenaMembro da Equipe de Cirurgia Buco Maxilo Facial do Hospital Santa Isabel;Cirurgião Buco Maxilo do Tribunal de Justiça-PB.
** Profª Fga Elizabeth Luz (CRFª 12403.1ª R)Responsável pela Implantção do 1º Serviço de Fonoaudiologia à nível de Emergência no Brasil;Especialista em Neurofisoilogia;Staff do CMS Heitor BeltrãoCarga Horária: 24 hs/a
Conteúdo programático:Conhecimentos necessários ao Fonoaudiólogo para atuar com pacientes vítimas de traumas de face;Tipos de Traumas;Conutas médicas;Utilização do saber fonaoudiológico no pré,trans e pós -cirúrgico;Utilização do Mapa Facial pelos alunos;Avaliação, tratamento e prognóstico fonoaudiológico
Dia 14 de setembro de 2008: Aula teórico-prática no Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena - João Pessoa - PB
CONTATOS PARA INFORMAÇÕES:Fga Érica Moreira ( CRFª 4151-MG)Fones: 83.88056126E-mails:nafbrasil@yahoo.com.brericamoreiras@yahoo.com.br
Data : 12,13 e 14 de setembro de 2008Horários:6ª Feira : 18:00 às 22 :00 hssábado : 08:00 às 18:00 hsdomingo : 08:00 ás 13 :00 hs

terça-feira, 19 de agosto de 2008

A audiometria de tronco encefálico (ABR) veio para colaborar em muito na audiologia clínica. É um exame objetivo, de grande sensibilidade, não invasivo e de fácil execução1. Sua aplicação possibilita: a avaliação da sensibilidade auditiva de recém–nascidos, crianças ou mesmo adultos nos quais não tenha sido possível realizar um teste confiável, ou mesmo nos casos em que é impossível utilizar outro método; o diagnóstico de lesões do nervo auditivo ou tronco encefálico; a monitorização de cirurgias da fossa posterior; a monitorização de pacientes em Centro de Terapia Intensiva, em coma ou sedados, como também avaliação do prognóstico do paciente e auxiliar no diagnóstico da morte encefálica2,3.

A ABR refere-se a substancial na avaliação da Aaudiometria de tronco encefálico (ABR) veio para colaborar em muito na audiologia clínica. É um exame objetivo, de grande sensibilidade, não invasivo os potenciais evocados auditivos de curta latência ou potenciais evocados auditivos precoces, cujas respostas ocorrem no intervalo de 0 a 10 milissegundos (ms) iniciais após a apresentação do estímulo acústico.
Este exame consiste em uma série de sete ondas positivas, geradas através de sinais acústicos, que são captadas por meio de eletrodos de superfície conectados à pele. Estas ondas representam a atividade bioelétrica de uma ou mais estruturas ao longo da via auditiva.
De modo geral, as ondas I, III e V são as mais utilizadas, sendo que as outras nem sempre estão presentes na avaliação de indivíduos normais. Estudos normativos realizados com as latências absolutas e interpicos destas três ondas concluíram que estes valores trazem diversas informações não apenas do limiar de audibilidade, como também do neurodiagnóstico de processos lesivos na via auditiva1,2,3.

Na avaliação de pacientes que apresentam perdas auditivas unilateral ou bilateral assimétrica, certas precauções são inerentes. Na audiometria comportamental, quando há uma diferença liminar substancial entre uma orelha e outra, devemos nos atentar à intensidade do estímulo acústico utilizado na testagem da orelha comprometida. Um som intenso, quando apresentado à orelha pior, pode estimular a orelha oposta antes mesmo de atingir o limiar auditivo da orelha testada4,5. Nestas situações, o som pode estimular a orelha contralateral, porém com perda de uma certa quantidade de energia, o que é denominado atenuação interaural5,6. No audiograma, um traçado semelhante à curva audiométrica da orelha melhor, porém em um nível mais elevado, será obtido (curva sombra)4.
Na ocorrência desta situação, é utilizado o mascaramento clínico. Este é um procedimento corriqueiramente empregado na prática da audiologia clínica para obtenção de limiares tonais reais. O mascaramento nada mais é que um ruído introduzido na orelha não testada de forma a elevar artificialmente o limiar auditivo desta orelha sem que haja interferências ou influências nos resultados audiométricos da orelha avaliada4,5,6.
Ao contrário da audiometria comportamental, a necessidade de mascaramento na avaliação da ABR ainda é um assunto consideravelmente debatido7.
Em estudo realizado por Finitzo–Hieber, Hecox & Cone (1979) não foi encontrada resposta a 110dB NPS (Nível de Pressão Sonora) para clicks avaliando-se a orelha comprometida de indivíduos portadores de perda auditiva unilateral através da ABR. Com esses achados, concluíram que o mascaramento contralateral aplicado na orelha normal não seria necessário na avaliação da audição por meio da ABR, e ainda acrescentaram que o discernimento para não utilizar o mascaramento durante o teste iria torná–lo muito mais curto e rápido. Em outros trabalhos realizados por Galambos & Hecox (1978) e Owen & Burkard (1991) observaram que o mascaramento contralateral não influenciava de maneira
BR.
Fonte:Melissa M. T. TomaI; Carla G. MatasII - Rev. Bras. Otorrinolaringol. vol.69 no.3 São Paulo May/June 2003


COMENTE AQUI EMBAIXO - ESTE MUNDO É SEU!!!

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

DOENÇAS NEUROLÓGICAS COMO CAUSAS DE DISFAGIA EM ADULTOS

O ato da mastigação e da deglutição propriamente dita envolve a ativação de inúmeros sistemas e/ou circuitos neurais. Por se apresentar como uma atividade eferente, exige para sua execução uma integridade harmônica para suas vias motoras (córtex); feixes cortico-ponto-cerebelares e cortico-bulbares; gânglios da base; cerebelo e núcleos dos nervos cranianos. Não obstante a todos estes circuitos neurais envolvidos no ato da deglutição, existe ainda o processo do ato motor (aferente e sensitivo) que permite uma avaliação constante do grau de perfeição no momento de sua execução, permitindo que erros possam ser corrigidos. Qualquer alteração, por mínima que seja, em um destes níveis poderá levar a disfagia.Este artigo prima por realçar conhecimentos básicos sobre patologias neurológicas que por fatores secundários originam disfagias nos seus domínios oral, faríngea e esofágica.
MIOPATIAS
Entende-se por miopatia um vasto grupo de desordem de etiologias variadas, que tem no comprometimento das células musculares seu ponto comum (KOWACS, 1998). Sendo assim, os mecanismos neurais do ato motor encontram-se preservados, podendo haver apenas uma falha na sua execução de eferencia. As características mais comuns desta afecção neuromuscular são a diminuição da força, ausência de sintomas centrais, sensitivos ou de sinais de comprometimento dos nervos periféricos. As miopatias mais comuns e que geram quadros disfágicos são:
Polimiosite/Dermatomiosite
Mais de 50% dos pacientes apresentam disfagia (PERSON e CURRIE, 1974 apud KOWACS, 1998), a qual pode apresentar disfonia decorrente da diminuição da força nas musculaturas que compõem laringe e faringe. A presença da diminuição de forças muscular leva a dilatação da faringe e flacidez esofágica (GRUNENBAUM e SALINGER, 1971 apud KOWACS, 1998) resultando em trânsito esofágico de forma lenta e retenção de alimento na valécula e piriformes.
Distrofia Miotônica
Caracterizada pela atrofia e diminuição da força de um músculo após sua contração ou percussão. Existe comprometimento da musculatura lisa do esôfago, resultando em baixa motilidade faríngea, estase salivar em valécula, regurgitação nasal e/ou aspiração traqueal. Observa-se ainda, a incompetência do seguimento faringo-esofágico e acalasia cricofaríngea como contribuintes para o aparecimento de disfagia (GARRET et al., 1969; SILBLINGER et al., 1967 apud KOWACS, 1998).
Distrofia Oculofaríngea
Afecção rara de herança autossômica dominante. Caracteriza-se por ptose palpebral e fraqueza progressiva da musculatura do pescoço extra-ocular. Observa-se quadro de disfagia por comprometimento dos músculos cervicais, mandíbula, musculatura facial, assim como alentecimento na passagem do bolo alimentar para a faringe e/ou retenção do mesmo na valécula e recessos piriformes.No estudo de O'Laughlin et al., (1980) apud Kowacs, (1998) há relatos de hipotonia esofageana e hipertonia da transição faringo-esofágica, dando indícios de aspiração, penetração ou insinuação laríngea.
MIASTENIA GRAVIS
Doença auto-imune que manda anticorpos contra os receptores muscarínicos de acetilcolina da face muscular da placa motora. Embora a musculatura dos cíngulos escapulares e pélvicos sejam os mais comprometidos, frequentemente há envolvimento da musculatura torácica, oculomotora, orofaríngea e laríngea. O cansaço mastigatório e lingual pode afetar a fase oral da deglutição.A fadiga da musculatura do palato mole causar fraqueza, perda de pressão intra-oral e regurgitação nasal. Há ainda a possibilidade de paresia laringo-faringea gerando dificuldades na deglutição e aspiração do bolo alimentar.
ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA (ELA)
Caracterizada por uma mutação cromossômica no corpo humano e pela degeneração progressiva das vias finais comuns (neurônio motor inferior). O quadro clínico é de fraqueza muscular progressiva, reflexos de estiramento exarcebados, fasciculações musculares. Ocorre como predisponentes a disfagia: paralisia da língua e da faringe, bem como disfunção do músculo cricofaríngeo (KILMAN e GOYAL, 1976; SILBINGER et al., 1969 apud KOWACS, 1998).A disfagia durante esta afecção costumar ocorrer no curso da doença ou em fase tardia da mesma. Em casos primários a disfagia pode ser descrita como sintoma evidente do mau funcionamento muscular na ELA.
DOENÇA DE PARKINSON (DP)
Doença progressiva, geralmente senil, determinada pela interação predisposição genética e fatores ambientais, gerando perda gradual de neurônios da substância negra levando a um quadro clínico complexo. Nesta patologia de desordem do movimento, a disfagia é motivada por cinesia repetitiva da língua, sem o rebaixamento da mesma quando o bolo alimentar encontra-se na sua face posterior, isso faz com que este bolo retorne a sua posição de origem na cavidade oral. Segundo Silbinger et al., 1967 apud Kowacs, 1998, existe diminuição de contração faringea e fechamento laríngeo incompleto associados à disfunção do cricofaríngeo podendo levara aspiração total ou parcial do bolo alimentar.
PARALISIA SUPRANUCLEAR PROGRESSIVA (PSP)
Perda dos movimentos oculares associado à rigidez axial progressiva são algumas características fundamentais dessa doença (KOWACS, 1998). Paralisia pseudobulbar e quadros de disfagia completam as manifestações da PSP.A disfagia é secundária a hipertonia da seguimento faringo-esofágico (CSHLOIDER e NAGURNEY, 1977 apud KOWACS, 1998). Kowacs, 1998 coloca que nos casos de PSP a miotomia cricofaríngea pode ser descrita como uma possível "cura" para quadros disfágicos.
ATAXIA ESPINOCEREBELAR
Engloba mais de oito entidades geneticamente determinadas. A marcha atáxica é a manifestação inicial, porém, pode ocorrer rigidez e espasticidade muscular, retardo psicomotor e demência. A disfagia é secundária a paralisia bulbar ou pseudobulbar, embora a regurgitação indique uma possível disfunção da transição faringo-esofágica.Ao observarmos o contexto geral que envolve as disfagias neurogênicas, nota-se que seu atendimento exige um complexo raciocínio clínico fonoaudiológico que necessariamente deve incluir o conhecimento do quadro neurológico geral, bem como o nutricional, gástrico, respiratório e clínico. A variação de comprometimento alimentar e a forma de lidar com estes novos parâmetros vitais, vão depender da estrutura envolvida no circuito neural da deglutição, bem como as condutas frente as manifestações e a reabilitação.
Fonte:Juarez Belmiro Moraes Junior- fonoaudiologos.net




COMENTE AQUI EMBAIXO - ESTE MUNDO É SEU!

domingo, 10 de agosto de 2008

A Segunda Língua do Surdo - Experiência em Grupo

A surdez antes de ser um problema audiológico, é uma questão social. O Surdo não é um ser patológico, mas um sujeito que tem uma língua natural, a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) e, o português é uma segunda língua. (Skliar, 1997).
Respeitando, em primeiro lugar, esta condição do Surdo de ter uma língua natural, de ter suas próprias demandas de discussão e de estar inserido em uma comunidade majoritária, a ouvinte. Também, buscando uma forma diferenciada de oferecer a aprendizagem da segunda língua ao Surdo, iniciei um grupo com cinco jovens Surdos, com idade entre 14 e 20 anos, no mês de maio de 1999, na Clínica da Escola de Ensino Fundamental Frei Pacífico - Educação para Surdos, em Porto Alegre/RS, considerando a importância de estimular a autonomia e a identidade de cada um, oportunizando vivências estimuladoras, respeitando a identidade Surda e oferecendo a estes condições de demonstrar seus interesses e necessidades, vivenciando situações que privilegiem a função da escrita em nosso cotidiano. No livro de Laborit (1996) há um trecho onde diz, "tenho necessidade dos outros, de trocas. Tenho necessidade de uma comunidade. Não poderia viver sem os ouvintes nem sem os Surdos. A comunicação é minha paixão... quero me comunicar... Dou uma enorme importância ao que é escrito... E escrever na língua materna de vocês. A língua de meus pais. Minha língua adotiva..."
Segundo Poersch (1995), "há três fatores para o aprendizado de uma segunda língua: - fatores motivacionais, fatores construídos no sujeito aprendiz devido ao contexto comunicacional lingüístico em que ele se insere; - atenção, que é derivada da motivação, ou seja, dependerá da maneira como o aprendiz tem contato com a língua a ser aprendida (métodos e técnicas utilizadas no ensino, oportunidades e qualidades da utilização da língua); - memória, que provém da atenção e está relacionada à aptidão do indivíduo para o aprendizado de novas línguas".
A partir de interesses do grupo, selecionamos assuntos a serem debatidos ao longo dos encontros, através da LIBRAS. Já que, segundo Pichon Rivière: "O grupo é um sistema de ações, que surge a partir de necessidades dos integrantes, o que determina a existência de objetivos e de tarefas para alcançá-los". Além de debater os assuntos selecionados, produzimos atividades com ênfase na aprimoração da língua portuguesa escrita e ampliação do vocabulário, através da confecção de painéis, convites, produções textuais, dramatizações, entrevistas, dentre outros. Durante as atividades recebemos a visita de duas professoras Surdas da Bahia e de um grupo de jovens Surdos da Escola Lília Mazeron, coordenado por duas estagiárias de fonoaudiologia, o que nos proporcionou importantes trocas de experiências.
É fundamental permitir que o indivíduo Surdo se expresse, a partir de trocas de idéias e do diálogo, pois o diálogo não é apenas um estímulo para auxiliar na estruturação da linguagem do Surdo, é uma necessidade vital de qualquer ser humano, que permite relacionar a realidade interna com a externa do indivíduo.
No ano de 2000, confeccionamos o Jornal Mundo Surdo, o qual circulou por grande parte da Comunidade Surda, inclusive do interior, contendo entrevistas, comentários, eventos, espaço para arte, informações, partindo de interesses e necessidades dos próprios Surdos.
Em seguida, mantivemos contato através de cartas com surdos do município de Canela/RS, foi uma experiência bastante significante, pois pudemos trocar informações e idéias com surdos que vivem numa outra realidade.
Este trabalho em grupo vem proporcionando aos integrantes o crescimento da autonomia e da crítica perante a sociedade, a interação, a troca de idéias, a ampliação do vocabulário, a melhora na produção escrita, maior interesse pelo atendimento fonoaudiológico individual e em grupo.
Na experiência em grupo, pode-se vivenciar situações de muito valor. Acredito ser esta experiência muito significante, onde a troca é a base de qualquer aprendizado, tornando o trabalho mais gratificante e com maior retorno. Segundo Pichon Rivière: "A mútua representação interna vai correndo em diferentes níveis, a partir de diferentes vínculos em que todos se percebem em uma relação de uniformidade e de diferenciação em que, a partir das diferenças de cada um, se desenvolvem as semelhanças presentes na grupalidade".

Autora: Fga. Luciana dos Santos Célia

domingo, 3 de agosto de 2008

IMPLANTE COCLEAR: ATO CIRÚRGICO

O implante coclear é uma prótese eletrônica introduzida cirurgicamente na orelha interna. Ao contrário da prótese auditiva convencional, o implante coclear capta a onda sonora e transforma em impulso elétrico estimulando diretamente o nervo coclear.
A idéia do implante coclear começou na década de 30/40, porém somente em 1957 Djourno e Eyries descreveram pela primeira vez os efeitos da estimulação do nervo auditivo em um indivíduo surdo, com a colocação de fio metálico no nervo auditivo de um paciente submetido à cirurgia do nervo facial.
COMPONETES DO IMPLANTE COCLEAR:
1. microfone direcional : situado no compartimento retroauricular, capta a informação acústica e
converte-a a sinais elétricos
2. processador de fala externo : filtra, analisa e digitaliza o som em sinais codificados de acordo com uma estratégia pré-definida
3. antena de transmissão: envia os sinais codificados como sinais de rádio FM para o receptor
4. receptor/estimulador: (uma das partes internas do implante, fica debaixo da pele): libera energia elétrica adequada para o feixe de eletrodos inseridos na cóclea
5. feixe de eletrodos: estimulam as fibras nervosas remanescentes na cóclea
TIPOS DE IMPLANTE COCLEAR
1. microfone direcional : situado no compartimento retroauricular, capta a informação acústica e converte-a a sinais elétricos
2. processador de fala externo : filtra, analisa e digitaliza o som em sinais codificados de acordo com uma estratégia pré-definida
3. antena de transmissão: envia os sinais codificados como sinais de rádio FM para o receptor
4. receptor/estimulador (uma das partes internas do implante, fica debaixo da pele): libera energia elétrica adequada para o feixe de eletrodos inseridos na cóclea
5. feixe de eletrodos: estimulam as fibras nervosas remanescentes na cóclea
CIRURGIA

1. Incisão retroauricular em S invertido


2. Retalho de músculo temporal
3. Mastoidectomia simples, com identificação do canal semicircular lateral, processo curto da
bigorna.
4. Abertura do recesso do facial (timpanotomia posterior
Obs: o recesso do facial é uma área triangular limitada pela ramo curto da bigorna superiormente nervo corda do tímpano lateral e anteriormente e nervo facial medial e posteriormente.
5. Visualização do nicho da janela redonda através do recesso do facial aproximadamente 2 mm
inferior ao estapédio.
6. Realização do nicho do receptor/estimulador
7. Cocleostomia: a escala timpânica é melhor encontrada se a cocleostomia for realizada anterior e inferior ao anulus da janela redonda. A cocleostomia é realizada com broca diamantada criando
uma pequena abertura suficiente para passagem dos eletrodos (cerca de 0,5 mm)
8. Colocação dos eletrodos na escala timpânica
9. Fechamento da cocleostomia com pequenos pedaços de fáscia, sangue ou pó de osso. 10. Fechamento por planos




COMENTE AQUI EMBAIXO - ESTE MUNDO É SEU!

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

TREINAMENTO AUTÓGENO SCHULTZ


É o método mais antigo (1932), utiliza a heterosugestão e depois a auto-sugestão. É chamado ainda autodescontração concentrativa ou treinamento autógeno.
As técnicas de relaxamento proporcionam benefícios conhecidos, ao produzirem efeitos de incidência geralmente corporal. Todavia, representam também, quando utilizados por clínicos especializados, suportes privilegiados de acesso à dinâmica psicológica. A partir de um método de relaxamento simples, de aprendizagem progressiva, o Training Autógeno Schultz, na forma psicanalítica, propicia ao paciente um espaço relacional de associação verbal sobre sensações, percepções, produção de fantasias ... numa viagem através da história do corpo mas também através do imaginário.Actuando sobre o corpo e, atento às suas expressões actuais ou interligadas a recordações e experiências emocionais, recentes ou passadas, o paciente é levado a tomar conhecimento da origem de ansiedades e perturbações, de nível psicológico, somático e relacional.Dirige-se a pessoas que queiram considerar uma terapêutica que incida sobre as perturbações psicossomáticas ou àquelas que necessitam de uma resposta focalizada nos distúrbios diversos ligados à ansiedade e depressão. Tem indicação também, para quem queira dominar um método de relaxamento para fazer face ao stress quotidiano.
(Fase preparatória): O indivíduo é, primeiramente, solicitado para se concentrar na frase: !estou completamente calmo". Somente de fixar sua atenção nessa frase induz efetivamente um estado relativo de distenção psíquica e física. Cada um pode facilmente testar.
1º estágio: A primeira sugestão é dita: "o meu braço está pesado". O indivíduo deverá repetir, em casa, esses exercícios que consiste em se concentrar nessa frase até que constate efetivamente uma sensação de peso em seu braço direito. Quando isso for obtido, faz-se o mesmo com o braço esquerdo, depois com as pernas. A duração é variável.
2º estágio: Diz respeito a sensação de calor, o indivíduo diz: " Meu braço direito está quente". A repetição mental desta frase dá a asensação que está realmente quente o braço, é impressionante. Quando for obtido faz-se com os outros membros.
Estágios Seguintes: 3º estágios - regulagem dos batimentos cardíacos, o 4º estágio é sobre a regulagem da respiração, 5º estágio - é a sugestão de calor epigástrico e o 6º estágio é a sugestão de frescor na testa.
Esses seis estágios constituem, na verdade, o ciclo inferior do método que pode ser completado por um ciclo superior orientado para a meditação.
Fonte: Carlos de Castro, 2007, Huche e Allali, 2005 e adaptado por Marcos Abreu - 2008
COMENTE AQUI EMBAIXO - ESTE MUNDO É SEU!!